IcEconomia

Emprego

Professores recebem menos que piso em 14 Estados

Em Goiás, valor não é cumprido para professores com formação de nível médio

Modificado em 29/09/2024, 00:51

Professores recebem menos que piso em 14 Estados

(Valério Zelaya/Divulgação)

Mais da metade dos estados brasileiros não cumpre o salário estipulado na lei do piso dos professores, de acordo com levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). São 14 os estados que pagam aos professores menos do que os R$ 2.135,64 por mês.

"Isso é ruim, no ano passado, na mesma época, mais estados cumpriam a lei", diz a secretária-geral da confederação, Marta Vanelli. "Está em lei federal, mas é preciso muita luta no estado para que seja pago. O governo anuncia o reajuste e depois há embate nos estados e municípios. Todo ano é assim".

O piso salarial dos docentes é reajustado anualmente, seguindo a Lei 11.738/2008, a Lei do Piso, que vincula o aumento à variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O piso é pago a profissionais em início de carreira, com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais.

A tabela divulgada esta semana pela CNTE mostra que Alagoas, Goiás, Maranhão, Paraíba, Paraná, São Paulo, Tocantins e Rio Grande do Sul não cumprem o valor do piso apenas para os professores com formação de nível médio. Aqueles com formação superior recebem o valor atualizado.

Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, Rondônia e Pernambuco não pagam o valor no vencimento, como estipula a lei, mas cumprem o valor na remuneração, ou seja, acrescentando gratificações e complementações. Espírito Santo não cumpre o valor estipulado para 2016 nem mesmo na remuneração.

Crise econômica

Devido às dificuldades econômicas pelas quais o país passa, estados e municípios chegaram a pedir ao Ministério da Educação (MEC) que adiasse o reajuste do piso salarial dos professores para agosto. O MEC manteve o anúncio em janeiro e alegou que cumpre o que está estabelecido em lei. Em 2016, o salário teve um reajuste de 11,36%, passando de R$ 1.917,78, em 2015, para os atuais R$ 2.135,64.

"Este ano é complexo do ponto de vista financeiro, temos dados de projeção de queda da arrecadação e temos que cumprir a lei de responsabilidades fiscal. Ainda que o sejamos favoráveis à Lei do Piso, é importante que estabeleçamos um pacto para que possamos dar consistência ao aumento, dentro das condições da receita, senão é difícil avançar", diz o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação, Eduardo Deschamps, "Precisamos de compreensão para que possamos evitar paralisações que vão prejudicar os estudantes", acrescenta.

Respostas dos Estados

A Agência Brasil entrou em contato com as secretarias estaduais de Educação por telefone ou email. Bahia, Rio Grande do Sul e Pernambuco afirmam que a lei é cumprida e que os professores recebem o valor estipulado. Rio de Janeiro afirma que o valor pago é superior ao estabelecido na lei, sendo R$ 2.211,25 para uma jornada de 30 horas; R$ 1.179,35 para 16 horas; e R$ 2.948,33 para 40 horas.

Entre aqueles que, segundo a CNTE não pagam o piso para os docentes com formação de nível médio, as secretarias afirmam que atualmente eles são poucos em relação ao total de professores no quadro, que tem maioria de docentes com licenciatura. No Paraná, 1,8 mil professores tem formação de nível médio, no Ceará, são 62. Maranhão diz também que a maioria dos docentes tem licenciatura e que os cargos da carreira em nível médio "são considerados extintos a vagar". Tocantins diz que são apenas 87 professores, "mas com o devido complemento em gratificação para se atingir o piso nacional". São Paulo diz que não há profissionais com formação de nível médio e que o salário inferior ao piso não é, portanto, praticado na rede.

Alagoas diz que o processo para reajuste do piso para o nível médio já está em andamento na Secretaria de Planejamento e Gestão e, como em todos os anos, deverá ser cumprindo com retroativo. A Agência Brasil não recebeu retorno das secretarias de Educação do Espírito Santo, de Goiás, de Rondônia e da Paraíba até o fechamento da reportagem.

Acordo

O procurador da República Sérgio Luiz Pinel que é coordenador do projeto Ministério Público pela Educação (MPEduc) diz não há uma oficialmente um levantamento de dados que mostre com exatidão quanto os professores ganham tanto nos estados quanto nos municípios. "Hoje não existe nenhuma ferramenta unificada que faça esse controle se os municípios e estados estão cumprindo o piso. Alguns tribunais de conta fazem esse acompanhamento, mas são minoria".

Pinel explica que o Ministério Público Federal assinou um acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para disponiblizar um sistema que estados e municípios possam informar o salário de cada professor. O cronograma para a implementação desse sistema vai até agosto de 2017.

A Lei do Piso é discutida no Fórum Permanente para Acompanhamento da Atualização Progressiva do Valor do Piso Salarial Nacional que busca uma forma sustentável de promover os reajustes. O Fórum é composto por representantes do MEC, dos estados, dos municípios e dos trabalhadores.

Geral

Começa período para solicitar isenção da taxa de inscrição do Enem 2025; veja quem tem direito

Prazo começa nesta segunda-feira (14) e vai até o dia 25 de abril

Estar cursando o Ensino Médio no ano de 2025 é dos critérios para isenção

Estar cursando o Ensino Médio no ano de 2025 é dos critérios para isenção (Shutterstock)

Começou nesta segunda-feira (14) o período para solicitar a isenção da taxa de inscrição para participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o período de solicitação vai até 25 de abril e as inscrições para realização da prova ainda não estão abertas.

Isenção

Segundo o edital do Inep, os critérios para isenção da taxa do ENEM 2025 são:

  • Estar cursando o último ano do ensino médio no ano de 2025, em qualquer modalidade de ensino, em escola da rede pública declarada ao Censo Escolar da Educação Básica;
  • Estar cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e ter renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio;
  • Declarar situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser membro de família de baixa renda, e que está inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
  • Enem 2024 teve apenas 12 redações nota mil, menor número da história Inteligência Artificial tem maior nota de corte na UFG

    Como fazer a solicitação da isenção:

    -Acessar o site Enem.

    -Informar CPF, data de nascimento, e-mail válido e número de telefone;

    -Para os isentos que realizaram inscrição no Enem 2024 e não compareceram à prova, é necessário justificar ausência;

    -Preencher as informações e criar um cadastro na Página do Participante em sso.acesso.gov.br.

    Justificar ausência no Enem 2024

    Os participantes que solicitaram a isenção da taxa na última edição da prova e faltaram um ou dois dias do exame devem apresentar uma documentação que comprove o motivo da ausência, para ter direito novamente à gratuidade.

    Segundo o Inep, documentos auto declaratórios emitidos por pais ou responsáveis não serão aceitos e é necessário acessar a página do participante e justificar.

    Cronograma:

  • 12/05 à 16/05 - Recurso da justificativa de ausência no Enem 2024 e solicitação de isenção de pagamento da taxa de inscrição para o Enem 2025
  • 12/05 - Resultado da justificativa de ausência no Enem 2024 e solicitação de isenção de pagamento da taxa de inscrição para o Enem 2025
  • 14/04 a 25/04 - Justificativa de ausência no Enem 2024 e solicitação de isenção de pagamento da taxa de inscrição para o Enem 2025
  • 22/05 - Resultado do recurso da justificativa de ausência no Enem 2024 e solicitação de isenção de pagamento da taxa de inscrição para o Enem 2025
  • Geral

    Professores do Tocantins têm novo plano de carreira que prevê salários de quase R$ 15 mil

    Caso aprovado pela Assembleia Legislativa, mudanças serão implementadas em 2025. Plano beneficia professores efetivos com licenciatura, especialização, mestrado e doutorado

    Modificado em 13/12/2024, 18:32

    Professores do Tocantins têm novo plano de carreira que prevê salários de quase R$ 15 mil

    (Governo do Tocantins/ Divulgação)

    Professores que fazem parte da rede estadual de educação poderão ter aumento de até 28% na remuneração, caso o novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) apresentado pelo governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) seja aprovado. Os salários podem chegar a R$ 14.999,06.

    Serão beneficiados todos os professores efetivos com licenciatura, especialização, mestrado e doutorado. O texto foi apresentado na quinta-feira (12) e deve ser analisado pela Comissão de Elaboração do PCCR, antes de ser enviado para a Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto).

    A proposta apresenta mudanças em relação ao aumento real ao longo da carreira docente, que passará de 43% para até 150%, mediante desempenho e qualificação do servidor.

    Veja abaixo as progressões:

  • Para docentes com especialização, a diferença salarial entre o início e término da carreira passará dos atuais R$9.443,79 para R$12.619,19.
  • Para mestrado, o salto será de R$10.217,10, para R$13.754,91.
  • Para doutorado, a evolução salarial saltará dos atuais 81% para 150%, chegando ao final da tabela com remuneração de R$ 14.999,86.
  • Conforme a nova tabela, por exemplo, um docente que atualmente está no Nível II - letra J e recebe R$ 8.390,00 passará a receber R$11.793,63, aumento de 28,85%.

    Segundo o governador, a intenção é que as melhorias sejam implementadas no próximo ano. "O último PCCR é de 2014. São 10 anos de distorções e esse é o início do processo de uma reparação histórica. Então não queremos que os professores esperem mais, por isso realizamos o processo com celeridade", afirmou Wanderlei Barbosa.

    De acordo com a proposta, o salário inicial dos servidores efetivos estabilizados será de R$ 5.885,28, podendo chegar ao final da carreira docente com remuneração de R$14.999,06.

    O impacto financeiro na folha de pagamento da Educação será de R$ 150.538.392,58 anuais. De acordo com o governo, o valor adicional destinado à remuneração dos servidores efetivos ativos será de R$ 87,192.392,58 e de R$63.346.000,00 para os inativos.

    A comissão de elaboração do PCCR inclui a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a Secretaria de Estado Fazenda (Sefaz), a Secretaria de Estado da Administração (Secad), Secretaria do Planejamento, Instituto de Previdência Social -- IGEPREV e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet).

    Geral

    Instituto iungo e USP oferecem cursos gratuitos para educadores pelo WhatsApp

    Estão abertas até dia 18 de agosto as inscrições para os cursos ATIVAR!, para apoiar professores e gestores escolares no uso de Metodologias Ativas de Aprendizagem

    Modificado em 17/09/2024, 17:21

    Instituto iungo e USP oferecem cursos gratuitos para educadores pelo WhatsApp

    (Freepik)

    O programa ATIVAR! Metodologias Ativas por WhatsApp já formou mais de 1830 educadores de 2021 ao primeiro semestre de 2024. Com um formato inovador, educadores de todo o país acessam os conteúdos por meio do WhatsApp e se reúnem, semanalmente, em tempo real, com tutores da USP, de forma virtual.

    As inscrições para a sexta edição vão do dia 1º de agosto a 18 de agosto de 2024. São 500 vagas divididas em dois cursos - Projetos de Vida e o Bom Professor e Novas Arquiteturas Pedagógicas - cada um com carga horária de 40 horas e duração de oito semanas, totalmente gratuitos e on-line.

    Ao final dos cursos, os concluintes recebem certificado da USP e passam a fazer parte de uma rede de educadores de todo o território nacional, onde podem trocar experiências e conhecimento para o aperfeiçoamento profissional. Nas edições de 2023 e 2024, 81% dos cursistas concluíram o programa e 92% dos inscritos fizeram avaliações positivas sobre as três últimas edições.

    De acordo com Paulo Andrade, presidente do Instituto iungo "o ATIVAR! é uma forma de levar o conteúdo de uma das melhores universidades do mundo, a USP, de forma flexível e acessível por meio do WhatsApp, a educadores de todos os cantos do país. O programa é mais um exemplo de como contribuímos com essa parceria para valorizar a profissão docente, apoiando e incentivando o desenvolvimento profissional dos nossos professores", explica.

    O programa é uma realização do Instituto iungo, a Faculdade de Educação da USP e o Núcleo de Pesquisas em Novas Arquiteturas Pedagógicas da universidade (NAP/USP) lançam a sexta edição do programa Ativar! Metodologias Ativas por WhatsApp.

    Podem se inscrever educadores de escolas de todo o Brasil. São aceitas inscrições de gestores escolares e professores de todas as áreas de conhecimento de Ensino Médio e Ensino Fundamental 1 e 2.

    Para mais informações e inscrições, o público pode acessar o site www.repensandocurriculo.org .

    Geral

    SME terá mais professores apenas no fim de fevereiro nas escolas de Goiânia

    Secretaria lança processo seletivo para contratar profissionais da educação, mas convocação deve acontecer em um mês. Pasta não divulga tamanho do déficit na rede

    Modificado em 17/09/2024, 16:20

    ++GABRIELLA BRAGA++

    A Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia lançou nesta terça-feira (23) o processo seletivo simplificado para contratação de 454 profissionais temporários para suprir parte do déficit em unidades de ensino da rede municipal causados pelo afastamento de professores, pedagogos e servidores de apoio licenciados. A previsão que consta no cronograma da pasta é que as convocações comecem apenas a partir de 20 de fevereiro. O número de profissionais de licença não é divulgado pela SME.

    Nesta semana, com o início do ano letivo na rede municipal, surgiram diversas denúncias de falta de professores e pedagogos em escolas de ensino fundamental e centros municipais de educação infantil (Cmeis), levando ao fechamento, respectivamente, de turmas e turnos. A SME não informa qual o tamanho do déficit e nem quantas unidades foram afetadas pelo problema. Enquanto a convocação do processo seletivo não tem início, a SME promete buscar solução com remanejamentos e concessão de acréscimos de carga horária aos professores concursados, a chamada "dobra".

    A reportagem apurou que a Prefeitura estuda encaminhar um projeto de lei para a Câmara Municipal prorrogando por 30 ou 60 dias os contratos temporários de professores que venceram a partir de dezembro. Alguns destes docentes já estariam sendo contatados para retornar à sala de aula, inclusive. Medida semelhante foi adotada no começo do segundo semestre de 2023, quando o Paço Municipal enviou aos vereadores projeto mudando a forma de contratação dos temporários e incluiu a prorrogação dos contratos que venciam antes de dezembro até o final do ano.

    A chefe de gabinete da SME, Débora Quixabeira, informou que 454 é o número do déficit levantado em maio pela secretaria envolvendo profissionais licenciados e que seria necessário consultar o setor de recursos humanos novamente para saber o número atual. Em dezembro, a pasta foi questionada pelo jornal sobre o quantitativo e não respondeu. Durante a tramitação no segundo semestre do projeto que alterava os prazos de contratação dos temporários, a Prefeitura passou informações conflitantes sobre o tema.

    Ainda segundo Débora, o número estipulado de vagas no edital não é, necessariamente, o máximo que será convocado, podendo ser chamados os outros inscritos, conforme a demanda e a ordem de classificação. A chefe de gabinete diz que no último processo seletivo, feito no final de 2021, foram chamados bem mais do que os inicialmente previstos, mas não deu um número. O prazo para convocação dos classificados na seleção de 2021 venceu no dia 21 de dezembro, por isso a necessidade de um novo processo.

    Conforme ela, o número total do déficit de professores é "volátil", visto que os servidores entram em licença médica diariamente. "Quando inicia o ano letivo a gente não tem controle de quantos vão entrar em licença. Em outros tipos de licença, como licença prêmio, conseguimos ter o controle. Mas licença médica, atestado, não tem como", pondera.

    A chefe de gabinete aponta ainda que, dentre os motivos para os problemas vivenciados na rede municipal de educação diante da falta de professores em sala de aula, está o encerramento de contratos no final do último ano letivo, e que só podem ser renovados caso uma nova lei seja aprovada. Também, pela quantidade de profissionais que entraram em licença médica no início deste ano, um número considerado grande, mas sem ser especificado.

    O novo processo seletivo divulgado pela Prefeitura não envolve prova ou algum outro tipo de avaliação e é feito com base na soma de pontos a partir de critérios envolvendo formação acadêmica, participação em cursos e experiência profissional. O período de inscrições começa na próxima segunda-feira (29) e dura uma semana. Estão previstas 84 vagas para pedagogos, 82 para agentes de apoio educacional, 20 para assistente administrativo educacional, 82 para auxiliar de atividades educativas e 186 para professores de nove disciplinas.

    A elaboração do processo seletivo começou a ser trabalhado pela SME em maio de 2023, porém sofreu com diversos atrasos. No dia 18 de dezembro, o titular da pasta, Rodrigo Caldas (PP), chegou a publicar no Diário Oficial do Município (DOM) um despacho autorizando a contratação por meio desta seleção simplificada e a previsão era que as convocações começassem agora, no final de janeiro.

    O salário inicial para estes profissionais varia de R$ 1.415,83 e R$ 1.493,25 para os cargos de agentes, assistentes e auxiliares a R$ 3.586,79 para os cargos de professores e pedagogos. Todos com carga horária de 30 horas semanais. O edital publicado na edição desta terça-feira (23) do DOM abre a possibilidade de aumento da carga de trabalho para até 60 horas semanais no caso dos professores e pedagogos.

    Convocação

    A chefe de gabinete da SME explica que em 2023 foram feitas duas convocações de aprovados no último concurso da Prefeitura de Goiânia, sendo uma em janeiro e outra em novembro. No total, foram 1.183 aprovados convocados, sendo que 815 foram lotados e, destes, 47 já pediram exoneração. Os demais não compareceram para tomar posse do cargo.

    Conforme Débora, foi solicitado um levantamento sobre as vagas não ocupadas e, com base no documento, será solicitada à Secretaria Municipal de Administração (Semad) o chamamento do cadastro reserva. Entretanto, não há previsão para quando isso deve ocorrer.

    Kits atrasados

    Em relação a outro problema enfrentado pelos alunos da rede municipal, o atraso da entrega do material e uniforme escolar, a SME afirmou de forma genérica que os kits serão entregues nas próximas semanas e que não é possível distribuir os uniformes nos primeiros dias por ser necessário um levantamento após o início do ano letivo com os números de matrículas efetivadas e o tamanho dos alunos.

    Na segunda-feira (22), o DAQUI mostrou que as empresas contratadas no final do ano passado por R$ 37,2 milhões através de adesões a atas de registros de preços de licitações feitas pela Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc-GO) e pelo Consórcio Intermunicipal Dom Mariano (Condomar), de Pernambuco, e que este é o terceiro ano consecutivo que os produtos serão entregues com atraso. Segundo a SME, as matrículas dos estudantes ainda estão sendo confirmadas.

    O jornal pediu à SME detalhes sobre o andamento dos contratos, o número de estudantes atingidos pelo atraso e uma previsão mais exata de entrega. No caso dos uniformes, as empresas afirmam que precisam de pelo menos 60 dias para produzi-los a partir do momento em que for autorizado formalmente o fornecimento, o que ainda não ocorreu.

    "Quanto aos uniformes, a SME ressalta que a entrega não é realizada nos primeiros dias de aula, uma vez que a pasta solicita às instituições levantamento de número de estudantes matriculados e dos tamanhos. A SME acrescenta que o processo de compra dos uniformes está em trâmite e, tão logo seja concluído, as empresas entregarão diretamente nas unidades educacionais", afirmou a pasta por nota.