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Ex-senador suspeito de mandar matar a mãe da sua filha diz que tinha intenção de se entregar

Reprodução/Senado Federal e arquivo pessoal
Ex-senador Telmário Mota é preso em Nerópolis. Ele é suspeito de mandar matar a mãe da própria filha

O ex-senador Telmário Mota de Oliveira disse durante audiência de custódia nesta terça-feira (31) que tinha intenção de se apresentar à polícia, mas foi abordado antes que pudesse comparecer na delegacia de Brasília. Telmário foi preso na noite desta segunda-feira (30), em Nerópolis, suspeito de mandar matar a mãe de sua filha. A Justiça decidiu manter a prisão.

"Liguei para outro advogado lá de Roraima, que estava acompanhando o caso e perguntei como faria, se me apresentaria. Ele disse para ir até Brasília e me apresentar lá", disse o ex-senador.

Telmário contou também que já iria na casa de um amigo. Quando chegou na residência ele disse que foi abordado de forma imediata e recebeu a ordem de prisão ainda na porta da casa. Ele disse que não resistiu e obedeceu todas as ordens policiais.

Entenda o caso
Telmário foi preso na noite desta segunda-feira (30) em Nerópolis. Segundo a Polícia Civil (PC), ele estava com um mandado de prisão expedido pela Justiça de Roraima pelo crime de homicídio. O ex-senador é suspeito de ter mandado matar Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, mãe da própria filha dele.

De acordo com a polícia, a mulher foi assassinada com um tiro na cabeça no último dia 29 de setembro, em Boa Vista, Roraima. Segundo a Justiça, ela era uma das principais testemunhas sobre as investigações que envolvem uma acusação de estupro contra o ex-senador. A respectiva denúncia foi feita pela filha de Telmário, em 2022.

O advogado Dalton Ribeiro, que está representando o ex-sanador Telmário, disse que a prisão é desproporcional. De acordo com ele, Telmário preenche todos os requisitos para responder ao processo em liberdade.

 

Não existe a contemporaneidade da medida cautelar. Ela é totalmente desproporcional, ele preenche os requisitos para responder em liberdade e todas as medidas defensivas já estão sendo tomadas. Estamos confiantes que o poder judiciário vai reconhecer o preenchimento dos requisitos para que ele possa responder em liberdade”, afirma o advogado.

Já o Ministério Público disse que não considerou a prisão irregular e pediu para avisar ao presídio que ele tem problemas de saúde e deve ter atendimento médico garantido.

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