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Fujioka abre loja no formato atacarejo

A nova unidade, localizada na praça Tamandaré, em Goiânia, terá foco no atendimento especializado ao cliente CNPJ, mas também ao consumidor final

Modificado em 21/09/2024, 00:31

Fujioka abre loja no formato atacarejo

(Johnathan Mateus Campos)

O Fujioka Distribuidor, maior distribuidor atacadista do Brasil de produtos de tecnologia, inaugura amanhã uma nova loja conceito em Goiânia, inédita no País, no formato atacarejo de tecnologia, especializada em soluções em produtos de tecnologia com ênfase em informática.

A unidade, localizada na praça Tamandaré, será focada no atendimento especializado para clientes com CNPJ, que buscam produtos tecnológicos diferenciados para informática e automação, mas também atenderá o consumidor de varejo.

A rede, que já conta com duas lojas com foco no cliente CNPJ (uma em Goiânia e outra em Anápolis) já registrou um aumento de 50% no volume de negócios por meio do Fujioka Distribuidor desde 2018. A venda por atacado já representa cerca de 80% dos negócios da empresa, que tem uma carteira de mais de 30 mil clientes com CNPJs ativos com entregas efetivadas para 70% dos municípios brasileiros.

A marca já está entre as 1.000 maiores empresas do mercado, com R$ 2,1 bilhões em volumes de vendas somente em 2020. O atacarejo é um modelo de negócio focado em preços mais baixos, que já abrange 51,2% do comércio no Brasil.

Enquanto o volume de vendas do comércio varejista brasileiro registrou crescimento de apenas 1,2% em 2020, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC)do IBGE, o setor atacadista e distribuidor brasileiro cresceu 5,2% em 2020.

Por isso, o foco da nova unidade será no consumidor CNPJ, que busca produtos de tecnologia que geralmente têm mais dificuldade de encontrar em lojas de varejo, principalmente nas áreas de informática e automação, mas sem deixar o consumidor final de lado.

Dvair Borges Lacerda, diretor comercial do Grupo Fujioka, ressalta que o investimento neste formato acompanha a tendência do atacarejo de gêneros alimentícios, que tem despertado o interesse da indústria de produtos eletrônicos.

"Além do mix atual para o varejo, também teremos mais produtos para soluções empresariais, como itens para automação, redes, conectividade, informática e segurança", destaca. Ele informa que a loja está gerando quase 30 empregos e a equipe de consultores de vendas foi especialmente contratada e qualificada para este tipo de atendimento mais especializado, que normalmente não existe em lojas de varejo tradicionais do ramo.

Segundo Dvair, a nova unidade também contará com um técnico em informática, que dará todo suporte necessário para os clientes, desde a avaliação da performance de seus computadores, até a instalação gratuita de todos os novos equipamentos forem adquiridos. "O consumidor terá toda a assessoria necessária para dar avaliar e dar o upgrade necessário para melhorar seus equipamentos", ressalta.

O novo atacarejo de tecnologia também contará com um espaço de games, onde o cliente poderá degustar os novos lançamentos em jogos em 10 estações diferentes. O diretor comercial lembra que o espaço da antiga loja Fujioka que ficava neste mesmo local foi totalmente reformulado para este o formato atual e teve sua área de exposições e a parte de armazenagem de estoque ampliados. "A unidade com este novo formato terá um volume bem maior de estoque que numa loja de varejo", destaca.

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Comércio registra falta de peixes, que ficam caros

Período da piracema e a forte seca na Amazônia em 2024 são apontados como motivos da escassez; Quaresma faz procura aumentar

Maiara Souza, gerente da Peixaria Pescados & Cia: espécies como pintado são ainda mais procuradas na Quaresma

Maiara Souza, gerente da Peixaria Pescados & Cia: espécies como pintado são ainda mais procuradas na Quaresma (Wesley Costa / O Popular)

Muitas peixarias de Goiânia estão enfrentando a escassez de alguns peixes de rio justamente durante este período da Quaresma, quando as vendas aumentam até 30% em relação aos demais meses do ano. A movimentação em busca de pescados já aumentou em praticamente todos os estabelecimentos da capital, mas a falta de algumas espécies tem preocupado as empresas e feito os preços de alguns peixes subirem acima do esperado no mercado.

Entre os motivos, estão a forte seca nos rios da Amazônia em 2024, que desabasteceu muitos distribuidores, e até o período da piracema ou de defeso, que, neste ano, se estendeu até o último dia 28 de fevereiro, quando a pesca foi liberada. Isso acabou atrasando o início do período de pesca para o mês de março, quando a Quaresma já havia começado.

A assistente administrativa da Nova Peixaria, no setor Leste Vila Nova, Adriana Rocha da Silva, informa que, geralmente quando começa o período da Quaresma, o movimento cresce de 30% a 50% em relação aos dias normais. "Neste ano, o movimento já aumentou desde a Quarta-feira de Cinzas, quando já notamos um aumento na procura pelos peixes", conta. Espécies como pintado e caranha, além dos filés de tilápia e de salmão estão entre os mais procurados pelos clientes que seguem a tradição religiosa.

Porém, neste ano, estão faltando muitos peixes, principalmente as espécies com escamas, como tucunaré, traíra e piau. Por conta disso, segundo Adriana, os preços subiram de 20% a 30% em relação ao ano passado.

"Esse é o período de pesca fechada e trazemos muitos peixes da região amazônica, onde a forte seca prejudicou muito a oferta no ano passado. Hoje, cada remessa que chega, vem com um novo aumento", explica.

Rodrigo de Souza Katu, proprietário Peixaria do Japão, na Cidade Jardim, também confirma que muitos peixes estão em falta neste ano, principalmente os nativos de rios, como o pintado, pirarara, jaú, piau e tucunaré, que estão mais difíceis de encontrar devido ao fato do final do período da piracema ter coincidido com o início da Quaresma. "A pesca foi liberada há pouco tempo, em 28 de fevereiro, e ainda não deu tempo dos peixes chegarem. Por isso, estamos correndo atrás agora, mas está faltando e estamos perdendo venda", lamenta o empresário.

O resultado disso, segundo ele, tem sido um aumento de R$ 1 a R$ 3 no preço do quilo do pescado. Mas peixes de cativeiro, como filé da tilápia, tambaqui e pintado, também ficaram mais caros. "Mesmo assim, acho que ainda estão mais acessíveis em comparação à carne bovina, por exemplo", ressalta Rodrigo Katu.

Semana Santa

Ele conta que o movimento de clientes já aumentou de 20% a 30%, por isso está sendo necessário buscar mais peixes no mercado. "Até a Semana Santa a oferta deve normalizar, mas os preços devem continuar mais altos", prevê. O quilo das postas de pintado, por exemplo, que no ano passado custava entre R$ 42 a R$ 43, neste ano já está sendo vendido por R$ 53 e deve subir ainda mais até a Semana Santa, chegando a cerca de R$ 55 reais.

Na Peixaria do Gordo, no Centro de Goiânia, a procura pelos pescados já aumentou cerca de 15%. O vendedor Túlio Medeiros informa que os peixes mais procurados são o pintado, filé de tilápia e tambaqui. Ele também reforça que os preços não subiram por conta do início da Quaresma, mas por causa da falta do produto no mercado. "Um dos motivos foi o fato da piracema ter coincidido com a Quaresma neste ano. Não está tendo peixe no mercado, como tucunaré e piau", destaca.

Medeiros conta que a peixaria não está recebendo nem metade dos pedidos que faz para as distribuidoras. "Se pedimos mil quilos de pintado, só chegam 200 ou 300 quilos. A seca na Amazônia ainda não conseguiu recuperar os estoques das distribuidoras. O que chega no frigorífico já sai bem rápido", garante.

Ele acha difícil a oferta se normalizar até a Semana Santa, o que vai depender muito do desempenho da produção de peixes nos cativeiros. "Os peixes de rio dependem da natureza e só agora os pescadores estão saindo pra pescar, apesar de estarem trabalhando dobrado. Estamos nos esforçando para não faltar", garante.

Maiara Souza, gerente da peixaria Pescados & Cia, no setor Bela Vista, diz que a empresa tem conseguindo segurar os preços em relação ao ano passado. "As vendas aumentam 30% neste período e os católicos são os que mais consomem, mas temos clientes que compram o ano todo", destaca. Ela informa que as vendas começaram a crescer ainda na segunda-feira de carnaval, pois muita gente resolve estocar com medo das altas de preços.

Os mais procurados são tilápia, pintado e até bacalhau, caranha e tambaqui. "Esta é uma época em que reforçamos o estoque e trabalhamos com promoções diferentes todas as semanas para incentivar o consumo", comenta a gerente. Entre as promoções, ela dá o exemplo do bacalhau do Porto, que está sendo vendido por R$ 140, enquanto o quilo do peixe tipo bacalhau Saithe sai por R$ 79,90.

No Armazém do Pescado, no setor Bueno, o proprietário Rogério Naves conta que desde a Quarta-feira de Cinzas já houve um acréscimo natural das vendas, que aumentaram de 15% a 20%, apesar do grande movimento ser esperado mesmo para a Semana Santa. "Estamos com bom estoque neste ano. Os mais procurados por nossos clientes são bacalhau e salmão, além de tilápia, pintado e robalo, que estão com oferta regular", garante.

Porém, os preços estão maiores que no ano passado e até podem subir um pouco mais nos próximos dias. Naves conta que o bacalhau do Porto já teve uma alta de cerca de 20%. "Nossa clientela é mais de público A e as vendas continuam boas para este período. Esperamos vender mais que na Páscoa do ano passado porque, a cada ano, as pessoas comem mais peixe", destaca o empresário.

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Prefeitura enfrenta desafios para realocar ambulantes no Centro

Paço quer remanejar comerciantes informais para pontos nas galerias até o fim de março. Camelôs, contudo, alegam alto custo para manter estandes

Modificado em 28/02/2025, 07:06

Sandro Mabel estabeleceu prazo até o dia 30 de março para a retirada dos ambulantes da Região da 44

Sandro Mabel estabeleceu prazo até o dia 30 de março para a retirada dos ambulantes da Região da 44 (Wildes Barbosa / O Popular)

Ao chegar na capital goiana em 2019, Geuma Conceição estabeleceu uma loja de roupas em uma das galerias localizadas na Região da 44. Durante quatro anos, manteve o sucesso na comercialização dos produtos, mas o alto custo para manter o ponto, associado ao baixo volume ocasionado pela pandemia da Covid-19, fez o negócio degringolar. Sem opção, decidiu montar uma banca na calçada para trabalhar como ambulante. E a história da comerciante não é a única dentre os ouvidos pela reportagem, o que mostra o desafio que a Prefeitura de Goiânia terá para conseguir realocar os camelôs que ocupam as vias do polo comercial.

O prefeito Sandro Mabel (UB) disse em entrevista à TV Anhanguera, nesta quarta-feira (26), que o remanejamento será concluído até o fim de março, ou seja, em um prazo de 30 dias. O POPULAR já havia mostrado, na edição do último dia 19, que os ambulantes da 44 poderiam ser realocados por meio da criação de um aluguel social, para que eles ocupassem espaços vazios nos empreendimentos comerciais da região, ou mesmo para feiras realizadas nas proximidades. No caso do aluguel social, a cobrança será progressiva. A medida, contudo, não tem agradado quem trabalha no local.

"Quebrei por causa do aluguel", resume Geuma. Ela conta que, à época, a locação do ponto custava em torno de R$ 2,1 mil mensais. Por conta da pandemia, houve até uma redução, caindo para R$ 1,5 mil. Mas, mesmo assim, ela não conseguiu manter. "Compreendo que tem dificuldade, mas que deixasse a gente só de madrugada, ou uma galeria só dos camelôs. Infelizmente, a gente precisa da rua, é daqui que a gente vive. Se eu tivesse condições, não ficaria aqui, pegando sol e chuva", comenta, ao mostrar a camiseta molhada nas costas, por conta da chuva que caiu na região na tarde desta quinta-feira (27).

A vendedora ambulante de roupas femininas também relata que começa a trabalhar de madrugada, com uma meta de tirar cerca de R$ 300 por dia. Mas, nem sempre esse montante é atingido. "Está muito parado. Tem dia que a gente 'come' a peça. Estou vivendo só com o básico (comida, água e luz), e se tirar isso, estamos mortos. Tem muita mãe e pai de família aqui lutando para vender uma peça de roupa para poder levar sustento para a família. Mas acredito que ele (Mabel) fará algo que não nos prejudique", acrescenta.

Há mais de 20 anos na Região da 44, Raimunda Gomes também teve a experiência de manter uma loja em uma galeria por oito anos. Mas, em 2023, não conseguiu mais manter. "Onde era mais barato, não vendia muito." Conforme ela, mesmo com o aluguel social, seria difícil arcar com os custos, já que desde o início teria de pagar o condomínio do empreendimento comercial. "Estão querendo tirar a gente por covardia. Nem as lojas estão vendendo. Seria um sonho (ir para a galeria), ninguém quer ficar na rua, mas não queremos ficar nas condições precárias. Vão jogar a gente lá para o 'fundão'. Queremos um lugar bom e justo. Então não é que a gente não quer, mas não temos condições", elenca.

O ambulante Evaldo Frederico percorre as calçadas da 44 em busca de clientela desde 2013. O relato dele também é de dificuldade para manter um aluguel em uma galeria, e reclama dos poucos dias de realização das feiras nas proximidades -- Feira Hippie (sexta-feira, sábado e domingo) e da Madrugada (quarta e quinta-feira). "Acho errado fazer isso porque não tenho condições de pagar loja em galeria. Não está dando nem para pagar as contas em casa. Deveria conversar primeiro com os camelôs, esquematizar um horário para a gente trabalhar, para todos se adaptarem. É mais um pretexto para tirar a gente da rua. Está indo na brutalidade. Mas se tiver diálogo, resolve tudo", diz.

Propostas

Presidente da Associação Empresarial da Região da Rua 44 (Aer44), Sérgio Naves explica que a proposta de aluguel social será feita de forma progressiva. "Nos seis primeiros meses, o aluguel será isento e só se paga o condomínio. Depois, paga 30% de aluguel e condomínio. A partir de um ano, 60%, e depois de um ano e meio, arca com 100%." O subsídio para a locação, conta, será do próprio empreendimento comercial. O quantitativo de lojas a serem ofertadas por meio do aluguel social, contudo, ainda está sendo levantado.

Conforme ele, a proposta é revitalizar a região, transformando-a não apenas em um ponto comercial, mas também em um ponto turístico. "(A realocação) já é um primeiro passo para revitalizar", comenta. Naves diz ainda que tem mantido, por intermédio da Prefeitura, diálogo com representantes dos ambulantes e cita que a conversa tem evoluído. Desta forma, cita, não deve haver um confronto em relação à medida. Para Naves, o prazo mencionado por Mabel é "exequível", haja vista que já há um levantamento com os ambulantes que estão cadastrados junto à Prefeitura que, conforme ele, foi feito em dezembro passado. "Se ele falou, é porque está de acordo."

Conforme ele, a média de um aluguel nos shoppings centers e galerias populares que são ligadas à associação varia entre R$ 50 a R$ 1,3 mil o metro quadrado (m²), e a média do condomínio é de cerca de 10% do valor total da locação do espaço. "Varia muito, mas tem aluguel mais barato que na feira", cita. O presidente da Aer44 acrescenta que um plano de ação foi sugerido à Prefeitura e falta, apenas, a aprovação do prefeito. Uma nova reunião entre eles deve ser realizada no início de março.

Associação diz ainda não ter sido procurada

Presidente da Associação da Feira Hippie, Waldivino da Silva aponta que a entidade ainda não foi procurada oficialmente pela Prefeitura de Goiânia para tratar sobre a realocação de ambulantes em pontos da feira. Contudo, cita, há espaço para recebê-los. "Hoje temos cerca de 700 a 800 espaços disponíveis. Ainda não chamaram para falar sobre isso, mas estamos abertos. Mas precisa sentar e conversar para evitar um conflito, porque isso afasta o cliente. Não é com estalar de dedos", diz.

A Prefeitura diz, em nota, que ainda "está realizando um levantamento detalhado da quantidade de ambulantes que atuam na Região da 44, com o objetivo de encontrar uma solução organizada e justa para todos". "A proposta é realocar os trabalhadores informais para um espaço adequado, garantindo melhores condições de trabalho", pontua. "A gestão está empenhada em dialogar com todas as partes envolvidas para construir uma solução equilibrada, preservando a organização e o desenvolvimento econômico da região."

Na última semana, o POPULAR mostrou ainda que uma das propostas do prefeito Sandro Mabel (UB) era firmar uma parceria com o Sebrae para que os camelôs recebam treinamento e possam se desenvolver melhor como empreendedores para gerar renda às famílias. Após isso, o chefe do Executivo reforça que deve haver uma fiscalização mais intensiva para garantir que as calçadas não sejam mais ocupadas pelo comércio informal. "Não podemos nos esquecer de que são pais de família, pessoas que precisam trabalhar para levar o sustento para suas casas", disse, na ocasião.

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Troca de produtos só em casos previstos na lei ou via acordo

Apesar de não serem obrigados, lojistas costumam trocar presentes que não serviram ou não agradaram, mas há direitos e deveres para os dois lados

Modificado em 28/12/2024, 15:31

Das compras às trocas: consumidor deve se informar com lojistas

Das compras às trocas: consumidor deve se informar com lojistas (Fábio Lima / O Popular)

Depois da correria das compras de fim de ano, as lojas voltam a receber muitos consumidores a partir deste dia 26 de dezembro para a troca de presentes. Apesar de não serem obrigados a trocar um presente simplesmente porque ele não serviu ou não agradou, a grande maioria dos lojistas aceita fazer esta operação para conquistar o cliente e até fazer novas vendas. Mas lojas e consumidores devem estar atentos, pois a troca de presentes segue regras que variam de acordo com o local de compra e a motivação.

O advogado especialista em Direito do Consumidor pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e em Direito Econômico pela Universidade de São Paulo (USP), Woshington Reis, alerta que, em primeiro lugar, é preciso estar atento ao que diz o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Ele lembra que existem regras diferentes para compras online e físicas. No caso das lojas físicas, o lojista não é obrigado a fazer a troca por qualquer motivo. "Mas ele tem esta política de troca para atrair novos clientes e vender mais", destaca.

Apesar das regras serem criadas individualmente por cada loja, todas devem respeitar as normas no CDC. Mas Reis adverte que é importante que elas sejam muito bem divulgadas para o consumidor, que, por sua vez, deve ter o cupom fiscal, a embalagem e as etiquetas preservadas. Geralmente, cada loja também determina um prazo máximo para as trocas, que costuma ser de cerca de 30 dias. Mas o advogado ressalta que no caso do produto apresentar um defeito ou vício, o que manda são as regras do CDC.

"Se tiver assistência técnica na localidade, o consumidor tem de enviar o produto pra lá. Mas, se não tiver, a própria loja deve encaminhá-lo para a assistência", explica. Se o vício não for resolvido em até 30 dias, o consumidor pode optar pela devolução do dinheiro pago, abatimento no preço do produto, de acordo com o nível da avaria, ou receber outro produto semelhante. "Mas, às vezes, o consumidor comprou produto na promoção e, se pegar o dinheiro de volta, não conseguirá comprar outro", adverte Reis.

Outro problema é quando o lojista fala que não dá garantia para produtos em promoção ou de mostruário. Segundo ele, isso não pode acontecer, pois a lei dá ao consumidor a garantia de 90 dias para produtos duráveis e de 30 dias para não duráveis, no caso de produto com defeito. "Já a garantia estendida oferecida pela loja é contratual. Se ele dá um ano, tem de cumprir e adicionar mais 90 dias de garantia prevista pelo CDC", informa.

Compra virtual

Já a compra virtual tem normas diferentes, pois o artigo 49 do CDC dá direito a devolução do produto por qualquer motivo em até sete dias. Além disso, o advogado lembra que o frete para devolução deve ser custeado por quem vendeu. "Essa regra só não se aplica se for um produto customizado, que não será utilizado pelo mercado de consumo em geral. Nas demais situações, o consumidor tem os mesmos direitos já relatados nas compras físicas", explica o advogado.

Se a pessoa comprou produto para o Natal e não recebeu a tempo, também tem direito à devolução dentro da regra dos sete dias, mas precisará comprovar o prazo de entrega. Ele alerta para a importância de guardar sempre a nota ou cupom fiscal, se comunicar sempre por escrito ao estabelecimento para registrar que esteve lá reclamando para troca ou devolução, por exemplo. "Evite contatos via telefone, pois, apesar de serem gravados, é mais trabalhoso conseguir estas gravações."

Marco Palmerston, superintendente do Procon Goiás, também ressalta que uma loja física só tem a obrigação de trocar, devolver o produto ou o dinheiro se o produto estiver com algum vício ou defeito. "Se você comprou um sapato que deu de presente e ele ficou pequeno, ou uma blusa que a pessoa não gostou da cor, a loja não é obrigada a fazer essa troca", explica. Por isso é importante se informar sobre a política de troca na hora da compra, ou seja, se certificar de que ela fará a troca e em quais condições. "No caso de um brinquedo com algum vício ou defeito, eles também são obrigados a trocar", alerta.

No caso de compras em lojas virtuais, ele alerta para a importância de tomar alguns cuidados, verificando se aquela loja é idônea, se ela tem aquele selo de autenticidade lá em cima nas redes sociais, a quantidade de seguidores, a última postagem que ela tem para saber se aquele site não é muito novo e, quando comprar qualquer produto, tanto em loja física quanto online, sempre pegar a nota fiscal. "Nunca deixe de pegar a nota fiscal, o comprovante é o mais preciso que você tem para poder trocar algum produto, além de e-mail ou contrato. Você tem até sete dias para trocar", destaca Palmerston.

Por isso, assim que o produto for entregue, é importante não demorar a conferir se ele não tem nenhum vício e se é o que a pessoa realmente pediu para buscar o reembolso do dinheiro ou a troca do produto em tempo hábil.

O superintendente do Procon Goiás alerta para, no caso das compras online, sempre verificar se o site tem aquele cadeadinho para compra segura e se não tem reclamações em órgãos de defesa do consumidor. "Mas se você comprar um produto de uma empresa que não existe ou que não chegou, acione o Procon pelo fone 151, que é o Disque Denúncia, ou pelo nosso site, que é o Procon Web".

Fidelizar o cliente

A superintendente executiva da CDL Goiânia, Hélia Gonçalves, ressalta que, junto com o aumento significativo nas vendas do comércio no fim de ano, surgem também as possibilidades de troca de produtos. Por isso, a flexibilidade nas políticas de troca é extremamente importante para fidelização do cliente e para garantir uma experiência de compra positiva.

Segundo ela, é importante destacar que essa experiência do cliente não termina na compra. "Quando o consumidor se sente à vontade para trocar um produto, isso acaba demonstrando também que a loja se importa com a sua satisfação e se torna uma oportunidade de fidelizar esse cliente", afirma.

Para a superintendente da CDL Goiânia, clientes que têm experiências positivas com as trocas tendem sim a retornar à loja e muitas vezes e recomendá-la para amigos e familiares. Para ela, sobre a perspectiva do CDC, é essencial que os lojistas estejam cientes da sua responsabilidade, pois ele estabelece que o consumidor tem o direito a troca de produtos em determinadas situações, como em caso de defeitos ou o item não corresponder às suas expectativas. "Então, ter uma política clara e justa de troca não só protege os direitos do consumidor, mas também resguarda a reputação da empresa", destaca.

De acordo com Hélia Gonçalves, lojistas que adotam essas práticas transparentes e que respeitam a legislação tendem a construir uma relação de confiança com seus clientes. Essa flexibilidade nas trocas não é apenas uma estratégia de marketing, mas um compromisso com a satisfação do cliente e a conformidade legal também. "Nesse cenário competitivo de final de ano, as que compreendem essa importância de criar um ambiente de compras acolhedor e que valoriza a experiência do consumidor se destacam", completa.

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Turismo e crescimento econômico deixam mais forte o comércio em Trindade

O município, localizado a 20 quilômetros de Goiânia, recebeu 521 novos negócios só em 2023. Centro da cidade abriga hoje grandes marcas de restaurantes e redes de fast food

Modificado em 17/09/2024, 16:12

Turismo e crescimento econômico deixam mais forte o comércio em Trindade

(Divulgação)

Mesmo guardando tradições seculares dos goianos, como a Romaria do Divino Pai Eterno e os carros de bois, o município de Trindade, localizado a menos de 20 quilômetros de Goiânia, não se priva de buscar a modernidade. Além da população flutuante de mais de 3,6 milhões de visitantes que recebe especialmente entre o fim de junho e início de julho, quando ocorre a Festa do Divino Pai Eterno, a cidade vive um forte desenvolvimento socioeconômico.

Dados do Censo de 2022 revelam que Trindade chegou a 142.431 habitantes, um salto demográfico de 36,3% em comparação ao censo anterior, de 2010. Atualmente, o município possui a nona maior população de Goiás e a 16ª da região Centro-Oeste. E esse aumento populacional fez com que cidade ocupasse o 8° lugar, entre 246 municípios, no ranking de cidades que mais atraem empresas no Estado.

"Temos a comodidade de estarmos próximos à Goiânia, mas somos também uma cidade de oportunidades e que está melhorando a qualidade de vida para sua população. E isto tem feito a diferença em diversos setores, incluindo o do comércio", diz o secretário da Indústria, Comércio e Serviços de Trindade, José Maria Vieira, ao apontar que, somente em 2023, a cidade atraiu 521 novos negócios.

Um reflexo evidente desse desenvolvimento econômico experimentado pela cidade pode ser visto no Centro, que além de pontos turísticos famosos, hoje também abriga um comércio moderno, variado e forte com grandes marcas de restaurantes e redes de fast food.

Confira a seguir alguns dos estabelecimentos de renome nacional e internacional, no segmento de alimentação, já presentes no município.

Subway
A tradicional rede norte-americana de restaurantes fast food Subway, com especialidade em vendas de sanduíches e saladas, dispõe de duas unidades para melhor atender a população trindadense.
Endereços: Av. Manoel Monteiro, 1110 - St. Central / Av. Aparecida, 318 - Qd. 45 Lt 05, Setor Maysa

Cacau Show
Consolidada como uma das maiores redes de lojas de chocolates finos do Brasil, a Cacau Show também está presente em Trindade.
Endereço: Rua Doutor Irany Ferreira, 78 - Quadra 14, Lote 05/06, sala 03 - Centro.

Milk Moo
Fundada em Goiânia por três amigos em 2019, a marca do milkshake da vaquinha também possui uma unidade malhada em Trindade.
Endereço: Av. Manoel Monteiro, 913 - Vila Pai Eterno.

Buffalos Black Trindade
Bastante recomendado para os amantes da culinária goiana, o restaurante é elogiado pelos seus serviços e atendimento. Além disso, o Buffalos Black Trindade ainda dispõe de espaço kids para a criançada e música ao vivo para alegrar ainda mais as refeições.
Endereço: Av. Manoel Monteiro, 555.

Carne com Mandioca
Conhecido pelo seu típico churrasco goiano, elaborado de forma artesanal, o restaurante conta com um cardápio repleto de pratos selecionados, como carne angus e grill, além de acompanhamentos, sobremesas, sucos de frutas, cremes e caipirinhas.
Endereço: Av. Brasília, 145 - Jardim Salvador.

Alle Esfihas e Boliche Trindade
Com um menu repleto de pratos para todos os gostos, como pizza, espetinhos, petiscos, além de uma brinquedoteca e pista de boliche, o Alle Esfihas e Boliche é ideal para quem busca apreciar os pratos típicos do estado, mas não abre mão da diversão.
Endereço: Av. Brasília, Qd. 19, Lt. 11, n° 50 - Vila João Braz.

Pimentas Grill
Com um cardápio que vai desde hamburguer à pizza, o tradicional restaurante de comida caseira também se destaca pelas suas panelinhas bem servidas e drinks. Endereço: Av. Manoel Monteiro, 285 - Jardim Salvador.

Vaca no Pão Sanduicheria
Com um conceito de sanduíches artesanais de dar água na boca, a Vaca no Pão Burger Bistro também está presente na capital da fé.
Endereço: Av. Manoel Monteiro, n° 1398 - St. Oeste.

San Paolo Cantina
Um pedaço da Itália também se encontra em Trindade, com o San Paolo Cantina. Com um cardápio inteiro de pizzas, massas e vinhos, o restaurante é uma verdadeira experiência gastronômica.
Endereço: Rua 31, Número: 38, Qd. 73, Lt. 07 - Vila Carvelo.

Torresmo com Mandioca
Recém reinaugurado na cidade, o restaurante dispõe de um cardápio repleto de opções de entradas, petiscos, peixes, carnes e drinks para todos os gostos (e idades). O restaurante ainda conta com um espaço kids, equipado com piscinas de bolinhas e escorregadores, para a criançada gastar a energia.
Endereço: Av. Raimundo de Aquino, 110 - Vila Pai Eterno.

Flash Smash
Recentemente, Trindade também recebeu a pré-inauguração de uma franquia da rede de hamburgueria Flash Smash, que é conhecida por servir hambúrgueres bem feitos, baratos e de qualidade.
Endereço: Av. Raimundo de Aquino, 174 - Vila Joao Braz.

Galdino's Service Foods
Bastante recomendado pelos amantes da culinária goiana, o restaurante conta com serviços self service à vontade, self service no peso e marmita.
Endereço: GO-060, km 19 - St. Oeste.

Palato Restaurante
Com vista para o Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, o restaurante se destaca pelo seu churrasco.
Endereço: R. 1, 219 - Santuário.

Cerrado Goiano
Resgatando a culinária goiana, o restaurante serve pratos goianos no fogão à lenha, além de carnes grelhadas e sobremesas, em espaço rústico de clima familiar.
Endereço: Av. Raimundo de Aquino, 597 - Vila Pai Eterno.

Carne na Brasa
Conhecido pelo seu churrasco saboroso, o restaurante é bastante elogiado pelos clientes.
Endereço: Av. Manoel Monteiro, nº512.

Ponto do Peixe
Do fruto do mar à clássica comida goiana, o restaurante ainda dispõe de bebidas geladinhas para acompanhar as refeições.
Endereço: Quadra 17 Lote 1-A, Av. Brasília, 2 - Jardim Salvador.

Restaurante Vovó Zica
Com uma grande variedade de churrascos e acompanhamentos, o restaurante também atende delivery.
Endereço: Av. Constantino Xavier, 22 - Ana Rosa.

Restaurante da Dora
Com buffet à vontade, o restaurante dispõe de um menu repleto de pratos da culinária brasileira.
Endereço: Av. Pres Jk Q A, 2760.