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Produtos da ceia de Natal ficam 27% mais caros; veja inflação por produto

Carnes de frango e bovina, ovos, pães, bacalhau e vinhos fazem parte da lista de produtos relacionados à data festiva que registraram aumento de preços no período de 12 meses

Folhapress

Modificado em 21/09/2024, 00:20

No acumulado de 12 meses, entre dezembro de 2020 e novembro de 2021, o frango inteiro é o item da ceia de Natal que mais subiu; o item disparou 27,34%

No acumulado de 12 meses, entre dezembro de 2020 e novembro de 2021, o frango inteiro é o item da ceia de Natal que mais subiu; o item disparou 27,34% (Divulgação)

Em um cenário marcado pela inflação alta, a ceia de Natal deve ficar mais cara para as famílias brasileiras em 2021. Carnes de frango e bovina, ovos, pães, bacalhau e vinhos fazem parte da lista de produtos relacionados à data festiva que registraram aumento de preços no período de 12 meses.

O avanço dos itens no acumulado vai até a faixa dos 27%, aponta um levantamento do economista Matheus Peçanha, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

O pesquisador selecionou dez produtos, cuja variação de preços consta no IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor-10). O indicador é calculado pelo FGV Ibre em sete capitais --Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.

No acumulado de 12 meses, entre dezembro de 2020 e novembro de 2021, o frango inteiro é o item da ceia de Natal que mais subiu. O item disparou 27,34%, seguido pelo aumento dos ovos (20,05%).

Conforme Peçanha, o forte avanço dos preços reflete uma combinação de ingredientes, que vai desde a demanda aquecida no mercado internacional por proteína animal até a pressão de custos para os produtores no campo.

Rações, por exemplo, fazem parte dos insumos usados na criação de frangos e na produção de ovos. Durante a pandemia, o item foi pressionado pela valorização da soja e do milho no mercado internacional.

Essas commodities subiram com o dólar mais alto e a demanda aquecida. Também houve impacto da seca e do registro de geadas no país, que causaram perdas em parte das lavouras.

"Os preços para o consumidor refletem uma soma de fatores. Houve problemas climáticos, impacto da taxa de câmbio, além dos custos logísticos maiores com a alta do óleo diesel, por exemplo", aponta Peçanha.

Após frango e ovos, a maior alta entre os produtos associados à ceia de Natal foi registrada pelas carnes bovinas: 18,68%.

A demanda aquecida no mercado internacional também incentivou exportações durante a pandemia, elevando os preços dentro do país.

Essa pressão, contudo, ficou menor após os embarques para a China serem suspensos em setembro, quando houve registro da suspeita de dois casos atípicos de vaca louca no Brasil.

Em 12 meses, a inflação da ceia de Natal também é impactada pela elevação dos preços de azeite (13,69%), pães de outros tipos (11,12%), bacalhau (7,98%), vinhos (7,77%), lombo suíno (6,48%) e pernil suíno (3,44%), segundo os dados do IPC-10.

Diante da escalada inflacionária, a substituição de itens da data festiva virou uma tarefa mais complicada neste ano, avalia Peçanha.

O único dos dez produtos da lista elaborada pelo pesquisador que registrou queda em 12 meses foi o arroz (-4,45%).

Segundo o economista, a redução ocorreu após disparada no ano passado e, em parte, está relacionada a melhores condições de safra no Sul do país.

O presidente da Asserj (Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro), Fábio Queiróz, também avalia que o cenário para o Natal é de preços pressionados.

"A gente precisa entender que parte dos produtos, como bacalhau e vinhos, é importada. Há o impacto da alta do dólar. Vai ser um Natal de preços pressionados", diz o dirigente.

"Para o ano que vem, a gente espera uma estabilização dos preços ou até uma baixa. A inflação não é boa para ninguém. A gente vive de vender em volume, e não de vender caro. Cada centavo faz diferença", completa.

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Inflação leva a novos hábitos e reativa dispensa

Alta de preços obriga a adotar estratégias para reduzir impacto no orçamento; planejar, procurar descontos e evitar desperdício são dicas

Modificado em 22/03/2025, 08:09

Nilza Bonfim, presidente do Movimento das Donas de Casa e Consumidores do Estado: é possível se organizar e fazer o dinheiro render um pouco mais

Nilza Bonfim, presidente do Movimento das Donas de Casa e Consumidores do Estado: é possível se organizar e fazer o dinheiro render um pouco mais (Fábio Lima / O Popular)

As sucessivas altas de preços trouxeram o fantasma da inflação de volta para a rotina das famílias. Apesar de alguns produtos terem reajustes mais expressivos e comentados nos últimos meses, como café, azeite e ovos, especialistas alertam que os aumentos são generalizados, exigem uma atenção extra ao orçamento e contribuem até para o aumento da inadimplência. Para tentar reduzir o impacto das altas, consumidores têm adotado novos e antigos hábitos de consumo, como buscar mais promoções, substituir itens e até armazenar produtos que estejam em promoção.

A inflação acumulada nos últimos 12 meses em Goiânia, segundo o Índice de Preços aos Consumidor Amplo (IPCA), chegou aos 5,28%. Mas, se considerarmos só o café moído, por exemplo, no mesmo período, a alta já chega a assustadores 86,4% na capital. Só nos dois primeiros meses deste ano, a bebida subiu mais de 20% e o ovo de galinha ficou 15% mais caro para os goianienses.

Ovo sobe mais de 15% e tem a maior inflação no Plano Real; café avança quase 11%
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O Movimento das Donas de Casa e Consumidores do Estado (MDC-GO) tenta orientar as famílias cujo orçamento ficou mais apertado com cursos onde são oferecidas dicas de economia doméstica e finanças pessoais. "Controlar o orçamento está mais difícil, pois o salário não consegue acompanhar os preços. Mas ainda temos donas de casa que sabem se organizar e fazer o dinheiro render um pouco mais", garante a presidente do MDC-GO, Nilza Bonfim. Ela lembra que o valor do salário já deveria ser de mais de R$ 3 mil para cobrir os gastos básicos das famílias, mas os governos nada têm feito a respeito.

Para a dona de casa, um saco de 5 quilos de arroz por mais de R$ 30 é inviável no orçamento das famílias mais carentes. Por isso, uma das principais dicas do MDC-GO, que serão colocadas nas redes sociais do Movimento nos próximos dias, é a substituição de produtos mais caros por outros mais baratos. "As pessoas ficam muito ligadas a marcas nobres. Mas é preciso conhecer e testar novos produtos com preços melhores e que podem ser tão bons como as marcas premium", alerta.

Para Nilza Bonfim, a compra semanal em busca de promoções ainda é a mais recomendada para conseguir descontos. "Cada supermercado faz promoções de produtos específicos em determinados dias, quando é possível encontrar preços menores, principalmente nos setores de carnes e verduras", adverte. Outra dica é comprar o básico que será consumido na semana para evitar desperdícios. "Precisamos aprender a reaproveitar e a comprar frutas e verduras de época e na quantidade certa que vamos consumir na semana", orienta.

Ela lembra que é possível substituir carnes de primeira por vários cortes mais baratos de segunda para fazer uma carne de panela ou um ensopado, por exemplo, além de consumir mais frango e suínos, que estão com preços mais em conta. "As pessoas não costumam ter uma regra de compra e vão às compras muito por impulso. Enchem a geladeira, não consomem e acabam jogando muita coisa fora", alerta.

Outra sugestão do MDC para evitar desperdícios é fazer um cardápio prévio para a semana. "Você faz quatro variedades de cardápios semanais. Um para cada semana do mês. Com planejamento, a família acaba comprando só o que precisa mesmo. A economia é doméstica e 80% dela é controlada em casa", adverte Nilza Bonfim.

Promoções
Para o presidente da Associação Goiana de Supermercados (Agos), Sirlei do Couto, os reajustes têm acometido mais produtos pontuais, como café, ovos, arroz e azeite. Para ajudar os clientes a reduzirem o impacto da inflação no orçamento e manter as vendas, os supermercados têm feito mais promoções diárias, com ofertas de produtos específicos para cada dia da semana, a fim de incentivar o cliente a economizar.

Couto ressalta que preços altos também são ruins para os supermercados, que precisam reduzir a margem de lucro para manter as vendas num patamar aceitável. Por isso, a saída tem sido comprar volumes maiores de produtos não-perecíveis em busca de maiores descontos, como o café, que todo dia tem subido. "Compramos um volume maior para ter estoque e uma margem melhor para trabalhar", destaca o presidente da Agos.

Em um cenário de inflação elevada, Sirlei do Couto acredita que o consumidor está mais atento às promoções no varejo, como as que os supermercados fazem diariamente em cada seção de produtos, para tentar economizar. Segundo ele, muitos clientes já optam por levar uma quantidade maior destes itens com preço mais em conta.

"As pessoas perderam o hábito de estocar e vão muitas vezes ao supermercado ao longo do mês. Mas, hoje, quando há uma promoção de verdade, o melhor é comprar mais destes itens com preço mais em conta para estocar e evitar um novo aumento, apesar dos estabelecimentos limitarem o número de unidades por cliente nestas ações", ressalta Couto.

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Ovo sobe mais de 15% e tem a maior inflação no Plano Real; café avança quase 11%

Produtos pressionaram a inflação do grupo alimentação e bebidas no IPCA

Ovos na cartela

Ovos na cartela (Reprodução/Pixabay)

O ovo de galinha e o café moído, dois produtos tradicionais da mesa do brasileiro, registraram inflação de dois dígitos em fevereiro, segundo dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados nesta quarta (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A alta dos preços do ovo foi de 15,39% no mês passado. É a maior inflação mensal desde o início do Plano Real. Na série histórica do IPCA, uma elevação mais intensa do que essa havia sido registrada em junho de 1994 (56,41%), antes de o real entrar em circulação.

Já o café moído teve inflação de 10,77% em fevereiro. É a maior em 26 anos, desde fevereiro de 1999 (12,55%).

O café está em trajetória de alta no IPCA desde janeiro de 2024. Segundo Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa do IBGE, problemas de safra têm levado a uma disparada das cotações no mercado internacional.

"O café teve quebra de safra no mundo, e a gente continua com essa influência", disse.

Gonçalves afirmou que uma combinação de fatores está pressionando os preços dos ovos. O técnico citou três questões: a maior demanda em razão do retorno das aulas no país, as exportações devido a problemas de gripe aviária nos Estados Unidos e os impactos do calor na oferta no Brasil.

"O tempo quente influencia a produção dos ovos, o bem-estar das aves", disse.

Os dois produtos pressionaram a inflação do grupo alimentação e bebidas no IPCA. A alta dos preços desse segmento foi de 0,70% em fevereiro. A taxa, contudo, foi menor do que a de janeiro (0,96%).

As quedas dos preços de mercadorias como batata-inglesa (-4,10%), arroz (-1,61%) e leite longa vida (-1,04%) ajudaram a conter o resultado de alimentação e bebidas. Banana-d'água (-5,07%), laranja-pera (-3,49%) e óleo de soja (-1,98%) também mostraram baixas.

Em 12 meses, a inflação acumulada por alimentação e bebidas está em 7%. É a maior dos nove grupos do IPCA. Educação (6,35%) aparece na sequência.

A carestia da comida virou dor de cabeça para o governo Lula (PT) em um momento de queda da popularidade do presidente.

Em busca de uma redução dos preços, o governo anunciou que vai zerar a alíquota de importação de produtos como carne, café, milho, óleos e açúcar.

Associações de produtores, por outro lado, afirmaram que a medida é inócua. A ausência de fornecedores competitivos é apontada como uma das explicações para essa análise.

Lula diz que brasileiros devem evitar comprar alimentos caros para driblar inflação

Para melhorar o atual cenário, o presidente incentiva que os consumidores substituam itens caros por produtos similares que tenham preços mais acessíveis

Modificado em 06/02/2025, 20:32

Presidente Lula diz que brasileiros devem evitar comprar alimentos caros

Presidente Lula diz que brasileiros devem evitar comprar alimentos caros (Reprodução / Instagram)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na manhã desta quinta-feira (6), que os brasileiros devem evitar comprar produtos caros para controlar a alta da inflação de alimentos. Segundo o presidente, "uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo".

"Se você vai num supermercado aí em Salvador e desconfia que tal produto está caro, você não compra. Se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar [o preço], senão vai estragar", disse Lula em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia.

O petista afirma que o controle nas compras faz parte da "sabedoria do ser humano" e que esse é um processo educacional que precisará ser feito com o povo brasileiro. Durante a entrevista, Lula também declarou que o povo não pode ser extorquido e que é necessário que todos os setores da cadeia produtiva tenham responsabilidade.

Para melhorar o atual cenário, o presidente incentiva que os consumidores substituam itens caros por produtos similares que tenham preços mais acessíveis.

O chefe do Executivo disse ainda que o aumento do dólar aconteceu porque o BC (Banco Central) teve uma gestão "totalmente irresponsável" e deixou "uma arapuca que a gente não pode desmontar de uma hora para a outra".

Afirmou também que o aumento do salário mínimo deve ser compensado com redução dos preços dos alimentos e que sua gestão pretende "ver o que pode fazer para garantir que a cesta básica caiba dentro do orçamento do trabalhador".

Nas redes sociais, as afirmações do presidente foram criticadas por políticos da oposição. "Para Lula, a população, para combater a inflação, não deve comprar o produto se estiver caro. Já quando os gastos são do Lula, o céu é o limite", disse o senador pelo Paraná, Sergio Moro.

"Nada de cortar gastos nos ministérios, colocar gente competente nas estatais ou gerir melhor a economia. Para o governo, basta que os brasileiros parem de comer, beber e se deslocar", diz o senador pelo Piauí e presidente nacional do Progressistas, Ciro Nogueira.

Mudar a fruta?

Em janeiro deste ano, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também em meio a alta da inflação, sugeriu que os brasileiros "trocassem a laranja por outra fruta".

Durante uma coletiva, o ministro explicou que os preços dentro do Brasil e fora estão elevados, em grande parte por causa de doenças nas produções. A sugestão do ministro foi, então, de que os produtos mais caros também fossem substituídos por outros.

"O preço internacional está tão caro como aqui. O que se pode fazer? Mudar a fruta que a gente vai consumir. Em vez da laranja, [comer] outra fruta. Não adianta você baixar a alíquota, porque não tem produto lá fora para colocar aqui dentro. Então focaremos, evidentemente, no produto que estiver mais barato lá fora", disse.

Melhoria nos preços?

Desde a última semana, o presidente afirma que o governo está trabalhando para solucionar a alta nos preços. Ainda durante a entrevista desta quinta (6), Lula diz que conversas estão sendo realizadas com empresários e que a competência da Fazenda, do Ministério da Agricultura e do Ministério do Desenvolvimento Agrário está sendo utilizada.

"Isso não é programa de governo. É quase uma profissão de fé. Comida barata na mesa do trabalhador é uma coisa que nós estamos perseguindo", afirmou o petista.

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Amada e odiada, uva-passa é um dos clássicos de fim de ano; confira receitas especiais

Convidados pelo DAQUI, chefs de Goiânia criaram pratos saborosos com a frutinha polêmica

Modificado em 19/12/2024, 09:10

O manjar de coco e passas ao rum foi pensado pelo chef patissier Adeyc Borges (Wesley Costa)

O manjar de coco e passas ao rum foi pensado pelo chef patissier Adeyc Borges (Wesley Costa)

Ela está no arroz, na farofinha do pernil e do peru, dentro do panetone e até no famigerado pavê. Há quem ame e quem odeie, mas o fato é que a uva-passa é uma das estrelas das receitas de fim de ano. Polêmicas à parte, a fruta desidratada é uma excelente fonte de energia, fibras e vitaminas, além de dar aquele sabor afrodisíaco para os pratos, tanto salgados quanto nas sobremesas.

Muitas receitas clássicas com passas já fazem parte dos cardápios de fim de ano, mas a dica, segundo profissionais da cozinha, é tentar sair do óbvio e misturar a fruta com outros ingredientes. "Existem novas modalidades para o uso das passas. Nos bolos ou nos flambados a combinação é perfeita", adianta a chef Emiliana Azambuja.

Além das tradicionais farofas, o ingrediente pode ser usado em bolos, chantilly, carnes brancas ou vermelhas, com cuscuz e leite de coco, segundo o chef André Barros. Já para o chef patissier Adeyc Borges, "na época de Natal, é quase que obrigatório o uso da frutinha controversa".

O DAQUI convidou os três profissionais de Goiânia para criarem delícias de fim de ano que têm como destaque as uvas-passas. Confira as receitas completas, o passo a passo e os truques especiais dos chefs para reproduzir as iguarias nas ceias de Natal e de Ano Novo. Saboreie sem moderação.

Lombinho mediterrâneo

Assim como todo brasileiro, o chef André Barros cresceu comendo uva-passa em festas de família. "No salpicão de frango, na maionese, no arroz grego. É um ingrediente versátil e atualmente é considerado vintage, old is cool (velho é legal)", brinca o cozinheiro. "Sempre tenho em casa como complemento de receitas nas saladas, com iogurte grego, e como pura, aos bocados", completa.

Uma das maiores características do fruto é seu sabor afrodisíaco. Para as festas de fim de ano, o chef sugere o lombinho mediterrâneo, que leva vinho tinto, limão, folha de louro e tomilho fresco. Para o recheio, amêndoas cruas picadas, sopa de alcaparras, queijo parmigiano ralado e alho poró e meia xícara de passas picadinhas. O sabor ácido do limão em contraste com o doce das uvas criam explosões de sabores para ninguém botar defeito. "Como guarnição, sugiro arroz de espinafre", recomenda o profissional.

Receita do lombinho metiterrâneo

Ingredientes

500 kg de lombo suíno cortado em fatias finas
1/2 xícara de vinho tinto
1 cebola em cubinhos
Azeite de oliva - 3 col. de sopa
Manteiga de leite - 2 col. de sopa
Amido de milho - 1/2 col. de sopa
1/2 xícara de água mineral
1 limão taiti
1 folha grande de louro
3 galhos de tomilho fresco

Para o recheio

1/2 xícara de amêndoas cruas picadas
1 col. de sopa de alcaparras picadas
1/2 xícara de queijo Grana Padano ou Parmigiano ralado
1/2 xícara de uva-passa picada
1/4 xícara de salsinha picada
2 col. de sopa de alho poró em fatias finas
Sal e pimenta do reino
1 col. de chá de alho picado

Modo de preparo

Temperar os bifes de carne com limão, sal e pimenta do reino. Separe. Numa tigela, misture bem todos os ingredientes para o recheio. Em seguida, colocar um bife de carne sobre uma superfície limpa, e acrescentar o recheio. Cobrir com o outro bifinho suíno e fixar as bordas com auxílio de um palito de dente. Separe. Colocar a manteiga e o azeite numa frigideira e grelhar a carne de ambos os lados. Em seguida retirar a carne da frigideira, acrescentar a cebola em cubinhos e dourar. Incorpore o vinho tinto, o louro, o tomilho e cozinhe em fogo baixo por 5 min. Acrescentar um pouco de uva-passa e encorpar o molho com o amido dissolvido em água. Ajuste o sal e a pimenta.

Dica: servir quente com arroz e espinafre.

O lombinho mediterrâneo, do chef André Barros, leva passas em sua finalização (Wildes Barbosa)

O lombinho mediterrâneo, do chef André Barros, leva passas em sua finalização (Wildes Barbosa)

Cheesecake salgado de passas

Ressignificar ingredientes e pratos clássicos da cozinha é um dos ofícios da chef Emiliana Azambuja. Não por menos, a profissional sugere para as mesas de fim de ano uma cheesecake salgada de passas com toque de limão sociliano e bacon. "Eu era uma criança que pegava a uva-passa no prato de todo mundo e comia. A frutinha pode entrar no meio de uma receita ou na hora da finalização", diz.

Tanto em receitas salgadas quanto nas doces, Emiliana explica que as passas podem ser combinadas com outros frutos, como limão, laranja e morango. "Ela pode ser entrar no arroz, misturada com alguma castanha mais nobre ou algum outro fruto seco, como o damasco", destaca. Para a cheesecake, a mestre da cozinha usa três tipos de queijos: grana padano, provolone e brie, além de 100 gramas de passas hidratadas em vinho branco, que entram na finalização junto com o cheiro verde. É quase irresistível não devorar na primeira garfada. "Eu, com certeza, sou da turma que ama a uva-passa", brinca a chef.

Receita de Cheesecake Salgado de Passas com toque de Limão siciliano e Bacon

Base da cheesecake

Ingredientes

1 pacote de biscoito Água e Sal (200g)
5 colheres (sopa) de manteiga derretida
Ervas frescas a gosto

Modo de preparo

Levar ao processador todos os ingredientes até tornar uma farofa úmida e dispor na base da forma de aro removível.

Creme de queijo

Ingredientes

1 xícara (chá) de ricota
2 lata de creme de leite
04 ovos
02 colheres de sopa de amido de milho
50g de queijo parmesão Grana Padano
50g de queijo provolone
50g de queijo Brie
Raspas de suco de limão siciliano
Sal e pimenta do reino à gosto
Salsa e Cebolinha a gosto
100g de uvas-passas hidratadas em vinho branco

Modo de preparo

Bater todos ingredientes no liquidificador até tornar um creme liso e finalizar com as uvas-passas e o cheiro verde. Disponha na forma sobre a base de bolacha, leve para assar até estarem firmes e levemente dourados por cerca de 40 minutos.

Cobertura

01 cebola roxa fatiada finamente
01 xícara de uvas-passas
1/2 xícara de bacon em cubinhos fritos
03 dentes de alho fatiados
1/2 xícara de alho poró fatiado finamente
Raspas de limão siciliano
6 colheres de sopa de azeite
Ervas frescas a gosto

Modo de preparo

Saltear as cebolas e o alho até ficarem dourados e adicionar os demais ingredientes. Finalizar com as raspas de limão e as ervas frescas a gosto. Decore o cheesecake e aproveite as uvas-passas.

O cheesecake salgado de passas da chef Emiliana Azambuja leva um toque de limão siciliano e bacon (Wildes Barbosa)

O cheesecake salgado de passas da chef Emiliana Azambuja leva um toque de limão siciliano e bacon (Wildes Barbosa)

Manjar de coco e passas ao rum

O chef patissier Adeyc Borges adianta: para algumas pessoas, a uva-passa é sinônimo de tradição e nostalgia com o toque doce que combina com pratos clássicos, como arroz, farofa e salpicão. Já para outras que torcem o nariz, a presença da fruta desidratada é quase uma "invasão", transformando pratos salgados em algo que não agrada nem um pouco o paladar.

"Existem muitas formas de ousar em receitas com passas. Gosto de usá-las no pão de mel, em lascas de chocolate branco e meio amargo com castanhas", comenta o profissional. Como sugestão, Adeyc preparou um manjar de coco e passas ao rum para ninguém botar defeito. O segredo está na na hora do preparo da calda, que deve deixar ferver as passas e o rum até a máxima redução. "No manjar, deixei pra colocar as passas somente por cima, assim, quem não gosta pode comer sem interferir no sabor", comenta.

Receita de manjar de coco e passas ao rum

Ingredientes

400 ml de leite de coco
700ml de leite
120g de açúcar
85g de amido de milho
óleo para untar a fôrma

Modo de preparo

Unte com uma camada fina de óleo ou desmoldante uma fôrma redonda de 22 cm de diâmetro e 5 cm de altura. Em uma panela média, junte o leite de coco, 2 xícaras (chá) de leite, o açúcar e misture bem com um batedor de arame para dissolver o açúcar. Numa tigela pequena, misture o amido de milho com o restante do leite. Leve a panela com a mistura de leite de coco ao fogo médio.

Quando começar a ferver, abaixe o fogo e adicione o leite com o amido dissolvido. Mexa bem com o batedor de arame por cerca de 3 minutos, até formar um creme grosso. Desligue o fogo e transfira o creme de coco para a fôrma untada, raspando bem o fundo da panela com uma espátula de silicone. Bata a fôrma de leve contra a bancada para acomodar o manjar e nivele com a espátula. Deixe amornar antes de cobrir com filme.

Leve o manjar à geladeira para firmar por, no mínimo, 3 horas (se preferir, prepare o manjar no dia anterior). Enquanto isso, prepare a calda de passas ao rum. Na hora de servir: retire a fôrma da geladeira e passe a ponta de uma faquinha na lateral para soltar o manjar (ou, com a ponta dos dedos, descole delicadamente o manjar da lateral da fôrma). Cubra a fôrma com um prato e vire de uma só vez para desenformar. Sirva a seguir com a calda de passas.

Ingredientes calda de passas

200g de uvas-passas pretas e brancas
400g de água
130g de açúcar
150ml de rum
1 canela em pau

Modo de preparo

Em um recipiente coloque as passas e o rum, tampe com um filme plástico e reserve. Numa panela coloque água e açúcar para ferver, até obter uma calda com fio leve. Em seguida, acrescente as passas com o rum e deixe ferver até reduzir e atingir o ponto desejado. Deixe esfriar e em seguida coloque sobre o manjar.

O manjar de coco e passas ao rum foi pensado pelo chef patissier Adeyc Borges (Wesley Costa)

O manjar de coco e passas ao rum foi pensado pelo chef patissier Adeyc Borges (Wesley Costa)