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'Dias vão se tornando menos tristes', afirma nora de Glória Menezes ao publicar foto com atriz

Após a morte de Tarcísio Meira, vítima de complicações da Covid-19, Glória Menezes voltou a morar no Rio

Folhapress

Modificado em 21/09/2024, 00:47

Glória Menezes

Glória Menezes (TV Globo)

Mocita Fagundes publicou na noite desta segunda (20) uma foto da sogra, a atriz Glória Menezes, 86, em jantar ao lado da família.

"[...] Hoje o meu dia teve um sabor muito melhor. Família reunida, saímos para jantar com a rainha. E os dias vão se tornando menos tristes e mais leves. Hoje estou feliz. Foi um dia bom", escreveu ela, que aparece na imagem ao lado do marido, Tarcísio Filho.

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Após a morte de Tarcísio Meira, vítima de complicações da Covid-19, Glória Menezes voltou a morar no Rio. No início da pandemia, o casal tinha se isolado na fazenda da família em Porto Feliz, interior de São Paulo.

Anteriormente, Mocita já tinha dito que a família estava unida para tentar amenizar a dor de Glória pela perda do marido. "Por aqui, a família está unida, como uma engrenagem de amor. Cada um dá o melhor de si, num revezamento afetivo --com o único objetivo de amenizar a dor da nossa rainha."

Glória Menezes e Tarcísio Meira estavam juntos desde 1962. Em setembro de 2020, eles encerraram o contrato que tinham havia mais de 50 anos com a Globo.

Link para foto publicada por Mocita Fagundes no Instagram https://www.instagram.com/p/CUER_b2AlFR/

Geral

Mãe comemora o nascimento do 10º filho e revela que chegou a pensar em ter só um: 'Amor transbordou'

Caçula, Ângelo nasceu em 15 de fevereiro e completou 1 mês de vida no sábado

Modificado em 16/03/2025, 17:23

Tatiane com o bebê Ângelo e toda a família (Arquivo pessoal/ Tatiane Amaral)

Tatiane com o bebê Ângelo e toda a família (Arquivo pessoal/ Tatiane Amaral)

A influenciadora digital Tatiane Amaral, de 42 anos, concluiu sua 10ª gestação com o nascimento de Ângelo, que acabou de completar 1 mês de vida. Moradora de Anápolis, a 55 km de Goiânia, ela revelou ao Daqui que chegou a pensar em ter apenas um filho, mas mudou de ideia e a família aumentou ao longo dos anos. Ela e seu marido Walter Welington estão casados há 16 anos.

Depois do nascimento da minha primeira filha, com as demandas da maternidade, pensei em parar somente nela. Três anos depois mudei de ideia e tivemos nosso segundo filho, Bernardo. A terceira gestação foi a que mudou tudo dentro de mim. Quando engravidei, o Bernardo tinha 4 meses de nascido. Ao mesmo tempo que senti muito medo, me senti também desafiada. Essa gestação me ajudou demais a crescer. Crescer como ser humano e como mãe. A partir dessa gestação e do nascimento dessa filha é que passou a fazer sentido ter mais filhos. Eu sempre digo que todos os meus filhos são o amor meu e do meu esposo que transbordou"

Ângelo nasceu em 15 de fevereiro e completou 1 mês de vida no último sábado (15).Tatiane contou que a gestação de Ângelo foi tranquila, mas precisou de cuidados específicos e um pré-natal bem feito, já que sofreu com diabetes gestacional desde a oitava gravidez. Por isso, precisou ter um cuidado maior.

Segundo Tatiane, o parto de Ângelo foi um pouco mais difícil, pois o bebê tinha duas circulares de cordão em volta do pescoço, que dificultou a descida. "Mas no final deu tudo certo, pois minha obstetra Ana Paula Vasconcelos agiu sabiamente retirando as voltas do cordão, e também ajudando o bebê a girar e sair do canal. Parto doloroso, mas sem laceração e ótima recuperação", relata.

Cuidados

Tatiane amamentando Ângelo (Arquivo pessoal/ Tatiane Amaral )

Tatiane amamentando Ângelo (Arquivo pessoal/ Tatiane Amaral )

De acordo com ela, a amamentação está sendo tranquila e a dinâmica da casa tem seguido normalmente. Tatiane conta que "tem sido tudo muito bom" e as crianças se adaptaram rapidamente com o novo irmão, em especial, Álvaro, de 3 anos, e Vicente, de 1.

"O primeiro banho quem deu foi a minha filha mais velha, ela fez questão de dar o primeiro banho. O mais difícil é administrar quando os irmãos querem segurar o bebê. Porque sempre dois ou três querem e eu preciso fazer com que seja igual, cada um pega um pouco", conta.

Tatiane sempre fala sobre sua rotina aos mais de 290 mil seguidores em uma rede social. Ela também dá dicas de cuidados com tarefas de casa e aborda questões sobre o casamento.

Geral

Familiares de mulher assassinada há oito anos revelam decepção: 'Tinha esperança de encontrar ela viva', diz irmã

Manoel Pereira da Silva foi condenado em 2024, quando ainda estava foragido. Ele foi localizado em uma fazenda de Paranã e levou os policiais até o lugar onde escondeu o corpo da companheira

Modificado em 28/02/2025, 12:55

Rosilene Duarte da Silva foi assassinada pelo companheiro em 2017 (Arquivo pessoal)

Rosilene Duarte da Silva foi assassinada pelo companheiro em 2017 (Arquivo pessoal)

Após quase oito anos, a família da empregada doméstica Rosilene Duarte da Silva teve informações sobre o paradeiro dela. O companheiro dela, Manoel Pereira da Silva, condenado a 17 anos de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver cometidos em 2017, foi preso nesta quarta-feira (26) . Na ação, ele contou aos policiais onde escondeu o corpo, que vai passar por exame de DNA para comprovar a identidade.

A denúncia do Ministério Público afirma que além de matá-la, Manoel ainda se passou por Rosilene utilizando o celular dela em conversas com parentes, para simular que ela ainda estava viva. O homem foi condenado pelo crime em 2024, mas até esta quarta-feira (26) não tinha revelado onde estava o corpo. Por isso a família esperava encontrar Rosilene com vida.

Ele mentia tanto que não dava para acreditar nele. Tantas coisas que ele dizia que a gente achava que era verdade. A gente ainda tinha esperança de encontrar ela viva. Mas já que encontrou ela desse jeito, agora é aceitar", afirma Rosângela Duarte da Silva, irmã da vítima.

Rosângela afirma que nos primeiros seis meses após o crime, Manoel ainda mantinha contato com a família, negava o crime e contava várias versões do que poderia ter acontecido. "Depois ele foi se afastando. Mas minha mãe confiava muito nele. Tanto que até hoje ela não acreditava que ela tinha morrido, nem que ele tinha feito isso com ela", contou.

A defesa de Manoel afirmou que acompanhou o cumprimento do mandando de prisão para garantir os direitos e a integridade. Sobre ele ter indicado o local onde ocultou o corpo, a defesa informou que não vai se pronunciar, pois não teve acesso aos autos (veja nota na íntegra no fim da reportagem).

Ainda segundo a irmã, o relacionamento de Rosilene e Manoel era conturbado,marcado por muitas brigas, mas ele contornava a situação e os dois continuavam juntos.

"No relacionamento deles sempre havia briga, mas se você olhasse para ele nunca dizia que era uma pessoa perigosa. Ninguém desconfiava dele. Era o homem perfeito, que toda mulher queria ter e dava tudo pra ela", comenta Rosângela.

A família foi informada que nos próximos dias será colhido o material genético da mãe de Rosilene para fazer o exame de DNA e comprovar a identidade. Rosilene deixou dois filhos, hoje com 20 e 26 anos.

Restos mortais de vítima foram encaminhados para o IML (Polícia Civil/Divulgação)

Restos mortais de vítima foram encaminhados para o IML (Polícia Civil/Divulgação)

Relembre o caso

Manoel Pereira estava foragido desde a condenação em novembro de 2024. Ele foi localizado pela Polícia Civil escondido em uma propriedade rural de Paranã. Com ele foram apreendidas armas de fogo. Durante o flagrante, ele contou que havia deixado o corpo de Rosilene em um local às margens da TO-374.

Junto com Manoel, um homem de 36 anos foi detido e se identificou como dono de uma espingarda que foi apreendida pela polícia. Depois de pagar fiança o homem foi liberado para responder em liberdade.

A área indicada é de difícil acesso e os policiais da 3ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP - Gurupi), com apoio da 8ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Gurupi) e da 8ª Delegacia Regional de Dianópolis, conseguiram encontrar ossos humanos que foram encaminhados à sede do Instituto Médico Legal para passar por exames.

Na denúncia, o Ministério Público apontou que Manoel a matou com um objeto cortante e após o crime escondeu o corpo em Dueré.

O réu foi denunciado pelos crimes no ano de 2022 e o julgamento aconteceu no dia 8 de novembro de 2024. Considerado foragido, Manoel não participou do julgamento e, na época, foi expedido o mandado de prisão para início do cumprimento da pena em razão dos crimes de homicídio qualificado por feminicídio, ocultação de cadáver e descumprimento de medidas protetivas de urgência.

Prisão de condenado por morte de companheira aconteceu em Paranã (Polícia Civil/Divulgação)

Prisão de condenado por morte de companheira aconteceu em Paranã (Polícia Civil/Divulgação)

Geral

Família vítima de acidente na BR-153 é velada no sul do Tocantins

Acidente aconteceu em Goiás, quando a família estava a caminho de Goiânia. Os corpos das vítimas serão velados e enterrados em Gurupi, onde moravam

Modificado em 24/02/2025, 20:32

Clovis Duarte, 77 anos, a esposa dele Maria José Turíbio Carlos Duarte, de 42 anos, e o filho dos dois Wenzzy José Carlos Duarte, de 9 anos (Arquivo pessoal)

Clovis Duarte, 77 anos, a esposa dele Maria José Turíbio Carlos Duarte, de 42 anos, e o filho dos dois Wenzzy José Carlos Duarte, de 9 anos (Arquivo pessoal)

Familiares e amigos se despedem do empresário Clovis Duarte, sua esposa Maria José Turíbio e o filho Wenzzy José Carlos durante velório realizado nesta segunda-feira (24), em Gurupi. Os três morreram após um acidente entre uma caminhonete e dois caminhões na BR-153, em Porangatu (GO) . Um outro filho do casal, de 12 anos, está internado em estado grave no hospital.

Segundo a família, o enterro deve ser realizado no cemitério de Gurupi nesta terça-feira (25), a partir das 10h. A Associação Comercial e Industrial de Gurupi (Acig) publicou nota de pesar nas redes sociais e se solidarizou com os familiares.

"Com enorme pesar, que soubemos do falecimento do empresário e ex-presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Tocantins (Faciet), Clóvis Duarte (A Pioneira), sua esposa Maria José e de um de seus filhos".

Acidente mata dois adultos e uma criança na BR-153 em Goiás (Reprodução / TV Anhanguera)

Acidente mata dois adultos e uma criança na BR-153 em Goiás (Reprodução / TV Anhanguera)

O acidente aconteceu na tarde de domingo (23). Segundo a PRF de Goiás, o motorista da caminhonete bateu na lateral de um caminhão, que também seguia rumo ao estado de Tocantins. Em seguida, o motorista da caminhonete perdeu o controle da direção, invadiu a pista contrária e colidiu de frente com outro caminhão.

O marcador de velocidade da caminhonete travou em 163 km/h, quando o motorista perdeu o controle da direção e o veículo invadiu a pista contrária, batendo de frente com um caminhão, conforme a PRF.

O outro filho do casal, de 12 anos, está internado em um hospital de Porangatu (GO).

'Batalhador, justo e ético'

Clovis estava indo para Goiânia junto com a esposa e filhos para passar por exames médicos de rotina, segundo a filha do empresário, Kellen Rodrigues Duarte. Clovis era pecuarista em Gurupi, região sul do estado, onde morava. Ele nasceu em Goiânia (GO), e deixou um filho de 12 anos, além de duas filhas de outro casamento.

Em homenagem ao pai, Kellen relembrou com carinho a trajetória do pai. "Homem batalhador, exemplo de pessoa ética, justo, com amor muito grande por Gurupi, onde ele cresceu profissionalmente e finalizou a vida de uma forma muito próspera e com dedicação", contou.

Geral

Goiás tem sete casos de desaparecimento de pessoas por dia

De 2019 a 2021, estado registrou 7.654 sumiços, o que faz da unidade da federação a oitava neste quesito em números absolutos. Incerteza acompanha famílias

Modificado em 19/09/2024, 00:32

José Eduardo tem 38 anos e sofre de esquizofrenia

José Eduardo tem 38 anos e sofre de esquizofrenia
 (Divulgação/Polícia Civil)

Neste sábado (27) faz 41 dias que a vida da cozinheira Doraci Manoel da Costa Dias, de 51 anos, virou de ponta cabeça e se transformou em uma rotina de angústia. O motivo é o desaparecimento do sobrinho. José Eduardo Barbo de Lacerda integra uma estatística preocupante em Goiás, na qual há média de sete pessoas sumidas por dia.

José Eduardo, de 38 anos, vive com a irmã, Maria Stela, no Jardim Miramar, em Aparecida de Goiânia. Ele deixou o local enquanto ela dormia. Depois daquela segunda-feira, ele não foi mais visto. "Ele saiu depois da meia noite", contou ela.

"Eu estou com pressão alta e eu nunca tinha tido isto antes. Já andei Goiânia inteira. Já rodei em Campinas, na Praça do Trabalhador, onde distribuem comida para mendigos, e até em boca de fumo eu entrei procurando ele", conta Doraci entre um soluço e outro, aos prantos.

A mulher relata que no dia 17 de abril, José Eduardo deixou a residência onde mora. A preocupação é maior porque o homem sofre de esquizofrenia. "Na rua, ele está sem tomar remédios. Ele fala que ouve vozes, que a voz manda ele matar. Tenho medo de ele fazer mal a alguém e alguém fazer mal a ele", diz.

A doença de José Eduardo se manifestou após ele perder os pais. De 2019 para cá ele já desapareceu duas vezes. Foi localizado em São Paulo e em Brasília.

O motivo que inquieta Doraci também afeta a família do advogado André Luís Marques de Souza, de 43 anos. Ele deixou um carro para lavar em um hipermercado do Setor Coimbra, no último dia 16. O último registro dele é do circuito de câmeras do local, quando sai de lá.

"Nos dez primeiros dias nós fizemos buscas em todos hospitais, Instituto Médico Legal (IML), abrigos, locais onde distribuem refeições para pessoas em situação de rua em Goiânia, conversamos com algumas destas pessoas", conta o primo do advogado, Leonardo Marques.

André Luís reside no Setor Bueno, é casado e pai de duas crianças pequenas. O caso está com a Polícia Civil (PC).

Os dois casos citados nesta reportagem são de homens. Esta parcela da população representa a maioria dos desaparecimentos em Goiás. De cada dez registros, seis são deste grupo. O perfil mais comum nestes registros é de negros e adolescentes de 12 a 17 anos (veja quadro).

Os dados são do Mapa dos Desaparecidos no Brasil do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), levantamento divulgado na última segunda-feira (22).

Ainda conforme o levantamento do FBSP, de 2019 a 2021 houve 7.654 pessoas sumidas em Goiás. Em 2021 o estado foi o oitavo maior entre as 27 unidades da federação, com 2.417 anotações. A taxa por cem mil habitantes no triênio foi a 11ª maior: 33,5. Distrito Federal (69,5), Rio Grande do Sul (57,9) e Mato Grosso (51,8) encabeçam a lista.

Dados

As estatísticas a respeito das pessoas desaparecidas e encontradas têm fragilidades.

Uma das plataformas que reúnem os dados de todo o Brasil, o Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), indica que Goiás tem 6.477 pessoas desaparecidas. Já o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) tem cerca de 3,1 mil casos ativos. Para todo o País, são 92.032.

O Governo de Goiás mantém uma página na internet com as pessoas desaparecidas e corpos não identificados. A plataforma pode ser acessada pelo endereço https://www.go.gov.br/servicos/servico-id/1096. São apresentadas informações como nome, etnia, gênero, cidade de origem e faixa etária.

As informações do Sinalid são inseridas pelos MPs, após serem notificados, inclusive, por ocorrências encaminhadas pela Polícia Civil. Acontece que nem todos os registros têm o comunicado de localização do desaparecido repassados pelas forças de segurança estaduais.

O braço do MP que trabalha com o Sinalid é o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), presente em 21 estados brasileiros. O serviço presta assistência à população e também realiza buscas.

Localização

De 2019 a 2021, conforme os dados do FBSP, houve 1.162 registros de pessoas localizadas. A maioria é de homens, com 56,3% e 39,7% de mulheres.

Informações sobre André Luís podem ser enviadas para o primo dele no telefone (62) 99322-1976 ou para a PC no 197.

Quem souber do paradeiro do sobrinho de Doraci, José Eduardo, pode acionar também o 197 ou o (62) 98406-4620.

A polícia recomenda que os familiares não divulguem telefones pessoais. Entre os motivos está a atuação de golpistas.

Doraci recebeu uma ligação de um homem que dizia saber onde estava José Eduardo. Ele pediu dinheiro para deslocar o rapaz para mais próximo. A mulher já se arrumava para ir ao Mato Grosso, mas como ele não enviou localização, desistiu. Ela denunciou o caso para a polícia.

Acesso a bancos de dados ajuda localizar

Um dos dificultadores do trabalho do Plid na busca por desaparecidos são informações imprecisas que chegam por meio das ocorrências. Os servidores do MP-GO fazem contato com os familiares para extrair dados que possam ajudar nas apurações do serviço público.

Uma das dificuldades é que familiares não mantêm os mesmos contatos ou não têm o hábito de atender ligações. "Também é um grupo de pessoas que muda muito de endereço por causa do perfil socioeconômico", acrescenta o promotor de Justiça Marcelo Miranda, coordenador da Área de Direitos Humanos do Centro de Apoio Operacional do MP-GO.

A localização de demandas nem sempre vem da Polícia Civil. O caso de Doraci, por exemplo, foi captado pelo MP-GO quando a mulher procurava pelo sobrinho no Centro POP da Prefeitura de Goiânia.

O MP-GO faz buscas em sistemas que possam ajudar na localização do desaparecido. São verificadas informações no Infoseg - plataforma sobre dados de segurança pública - registros da Polícia Técnico-Científica de cadáveres, Detran-GO, Saneago, Equatorial e o Credlink, que monitora efetuação de compras.

A criação de um banco de dados genéticos com corpos de pessoas não identificadas também ajuda no trabalho. Os familiares de desaparecidos são enviados para coleta de material.

Feliz

Apesar dos desafios, o trabalho tem casos bem-sucedidos. Em maio de 2020, um homem de 58 anos, sumido havia 35 anos, foi encontrado por meio do trabalho do Plid.

O homem tem deficiência mental. Conforme o MP-GO, um dia ele saiu da casa dos pais para passear, algo habitual na época. No entanto, não foi mais visto. A mãe do desaparecido tinha esperança de encontrá-lo, mas faleceu antes que isto fosse possível de ocorrer.

O reencontro ocorreu depois que o homem foi encontrado em um abrigo de Vianópolis. A família residia em Formosa, no Entorno do Distrito Federal.

Investigação de casos requer individualização

Em Goiás, há o Grupo de Investigação de Desaparecidos da Polícia Civil (GID), que cuida da maioria dos casos. Mas quando se trata de crianças, os casos ficam com a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (Depai).

Titular da Depai de Goiânia, a delegada Mariza Mendes Cesar explica que não há um roteiro geral para a apuração. "Após o registro, a equipe vai tomar a medida mais efetiva para o caso concreto. O que vai ser feito depende do caso."

A delegada explica que o primeiro objetivo é localizar o desaparecido. Depois disto, o trabalho pode ter desdobramentos. "Depois vamos verificar se houve ocorrência de algum crime", completa.

Entre os casos de adolescentes, a delegada afirma haver muitos casos de jovens que saem de casa para morar com namorados ou pessoas que as aliciam por meio das redes sociais, casos que exigem apuração.

O promotor Marcelo Miranda afirma que o desaparecimento de pessoas é um tema que necessita de mais estudo e envolvimento da sociedade. "É uma pretensão minha de criar uma plataforma que permita a gente abrir o sistema e ter uma clareza maior destes dados, que possibilite investigar melhor este fenômeno e permitir que pesquisas acadêmicas se desenvolvam e a partir daí haver a instituição de políticas públicas."

O promotor também acredita ser necessário investimento em publicidade para que o trabalho do Plid seja conhecido por mais pessoas. "Quanto mais as pessoas souberem que existe um serviço para encontrar os familiares, melhor", diz Miranda.

José Eduardo tem 38 anos e sofre de esquizofrenia

José Eduardo tem 38 anos e sofre de esquizofrenia
 (Divulgação/Polícia Civil)