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Goianos são os consumidores que mais cortaram gastos supérfluos para equilibrar o orçamento

Pesquisa aponta que 90% dos goianos deixou de lado esse tipo de gasto

Modificado em 19/09/2024, 01:18

Em Goiás, 90% das pessoas abandonaram os gastos supérfluos, aponta pesquisa

Em Goiás, 90% das pessoas abandonaram os gastos supérfluos, aponta pesquisa (Pixabay)

Os goianos são os consumidores brasileiros que mais cortaram gastos supérfluos para equilibrar o orçamento. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Serasa. De acordo com o levantamento, em Goiás, 90% das pessoas abandonaram os gastos supérfluos.

Já os brasileiros em geral, segundo a pesquisa, estão deixando cada vez mais de lado os gastos com lazer, viagens, tratamentos de beleza e alimentação em restaurante. A nível Brasil, 87% das pessoas adotaram a medida no último mês.

Em entrevista à TV Anhanguera, o consultor financeiro Rodrigo Salim explicou que entre os motivos para isso estão os aumentos em contas consideradas essenciais, como luz, água, e gastos com alimentação.

"A elevação da inflação também vem carregando o custo do capital e o custo dos alimentos, isso aconteceu no mundo inteiro, é um cenário global, e no Brasil não foi diferente", afirmou.

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Em Goiás, quatro em cada dez adultos estão inadimplentes

Dados da Serasa mostram um forte avanço da inadimplência no estado, que tem 2,4 milhões de CPFs negativados; os goianos devem R$ 14,2 bilhões no total

Modificado em 03/03/2025, 08:47

Cristiano Caixeta, presidente do Sindilojas-GO: com alta inadimplência, empresas deixam de vender e têm menos fluxo de caixa

Cristiano Caixeta, presidente do Sindilojas-GO: com alta inadimplência, empresas deixam de vender e têm menos fluxo de caixa (Wesley Costa / O Popular)

O fantasma do aumento da inadimplência voltou a assombrar o comércio goiano. Dados da Serasa mostram que 2,4 milhões de goianos estão com o CPF negativado, o que equivale a 43,4% da população adulta do estado. Estes consumidores têm dívidas que somam R$ 14,2 bilhões, o que significa que cada pessoa deve, em média, R$ 5,8 mil. O grande número de inadimplentes preocupa os lojistas, pois prejudica o fluxo de caixa das empresas e impede a realização de novas vendas. Cada um destes goianos inadimplentes tem, em média, quatro dívidas em aberto, de acordo com a Serasa. Dados divulgados pelo SPC e pela CDL Goiânia também mostram um crescimento de 8,77% no endividamento no último mês de janeiro, em comparação com o mesmo período de 2024. O tempo médio de atraso no pagamento das contas foi calculado em 28,3 meses. Já a quantidade de contas em atraso cresceu 10,8% no período.

Mariana D´Ávila assessora executiva da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO), ressalta que as pesquisas apontam que, nos últimos 12 meses, 8 em cada 10 consumidores goianos tiveram o nome negativado em algum momento. Ela lembra que 68% dos negativados em janeiro já tinham dívidas antigas que não haviam sido pagas. "A reincidência é muito alta. Às vezes, a pessoa consegue pagar, mas acaba voltando para a lista de devedores depois", destaca.

A maior parte das dívidas é com bancos e cartões. A assessora da FCDL-GO lembra que isso prejudica o comércio porque torna o crédito mais caro e mais difícil de ser contratado. Lembrando que 90% das vendas no varejo são a prazo. Para ela, a inflação dos alimentos também faz o consumidor comprometer uma parcela maior da renda nas compras de supermercado com produtos básicos.

Parceria entre Serasa e Correios ajuda a negociar dívidas
Compra de última hora desafia consumidor, mas deve dar fôlego a lojistas

A taxa Selic alta também deixa o crédito mais difícil e caro, prejudicando consumidores e lojistas e sufocando o sistema de consumo. "Com a inadimplência alta, o comércio vende menos e desestabiliza toda economia porque o segmento gera uma boa base da renda", alerta.

A alta inadimplência, que cresceu por sete meses consecutivos, reforça a importância dos lojistas atentarem mais para os critérios de concessão do crédito. "Num cenário de juros altos, fica mais difícil sair da inadimplência e, até quem não está nela, tem crédito bem mais caro, uma barreira para as vendas. O governo precisa agir para tentar controlar inflação sem elevar mais a taxa de juros", adverte.

Para a superintendente da CDL Goiânia, Hélia Gonçalves, a elevação inadimplência indica não apenas uma tendência, mas que os consumidores estão enfrentando dificuldades financeiras, com dívidas acima de R$ 5 mil. "O cenário econômico atual, de inflação e altas taxas de juros, vem pressionando o poder de compra das famílias e dificultando o pagamento das dívidas", avalia.

Outro problema é que muita gente também faz compromissos que superaram sua capacidade de pagamento. A superintendente lembra que quem está inadimplente não tem poder de compra e as empresas ficam sem este importante recurso no caixa. "Isso acaba travando a roda da economia, que não consegue girar. A pessoa não consegue comprar e as empresas não conseguem receber, vender e comprar mais produtos de seus fornecedores", explica.

Gonçalves lembra que o comércio está aberto a oferecer condições propícias para renegociações saudáveis. Mas o consumidor também deve verificar sua real capacidade de pagamento e buscar negociações que realmente tenha condições de honrar. Se ele não cumpre o acordo, uma negociação não cumprida pode resultar em mais juros. "Temos atendimento presencial, em nossas unidades de Goiânia e Aparecida, e online pelo aplicativo SPC Consumidor, que tem consulta gratuita sobre os débitos", informa.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-GO), Cristiano Caixeta, o maior impacto da inadimplência é a falta de vendas no comércio em geral, pois as pessoas compram muito no crediário. "A Selic a 13,25% dificulta o pagamento das dívidas e retrai as vendas", adverte. Ele acredita que os valores devidos são altos para as pequenas e médias empresas, que deixam de vender e têm menos fluxo de caixa. "Algumas empresas no interior até abrem mão de negativação de valores pequenos e ainda abrem crediário para o inadimplente, o que é arriscado", conta.

Se a pessoa tem crédito e ainda consegue um cartão, terá um crédito baixo para comprar, de no máximo uns R$ 800. "É uma bola de neve que chega até a indústria, pois o mercado não gira com facilidade. Precisamos de juros mais baixos e da intervenção do poder público, reduzindo tributação para as lojas e juros para o consumidor", alerta.

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Sem receber da prefeitura, hospital de 70 anos fecha as portas

Unidade com 70 anos de existência no Setor Campinas fornecia 6 leitos de UTI à rede municipal. Diretoria alega dívida de R$ 4 milhões por parte administração municipal

Modificado em 24/01/2025, 06:33

Enfermaria desativada: dos 52 leitos do Hospital Santa Rosa, 18 eram destinados à SMS, sendo 6 de UTI

Enfermaria desativada: dos 52 leitos do Hospital Santa Rosa, 18 eram destinados à SMS, sendo 6 de UTI (Wildes Barbosa / O Popular)

O Hospital Santa Rosa, localizado no Setor Campinas, anunciou o encerramento das atividades depois de 70 anos de existência em Goiânia. De acordo com comunicado divulgado nesta quinta-feira (23), o motivo é a dificuldade financeira decorrente da não quitação de débitos por parte da Prefeitura de Goiânia. Segundo a direção do hospital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) deve cerca de R$ 4 milhões à unidade de saúde. O Santa Rosa era responsável por ofertar 6 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) adulto e 12 leitos de enfermaria para a rede municipal de Saúde.

No momento, o hospital já não recebe nenhum novo paciente e as 10 pessoas que ainda estão internadas na unidade de saúde, sendo seis delas via Sistema Único de Saúde (SUS) e quatro via particular, aguardam transferência. A perspectiva é de que as atividades sejam totalmente encerradas nos próximos dias. Ao todo, serão fechados 52 leitos, sendo 10 deles de UTI. Somente a clínica de diagnósticos, que fica ao lado do hospital, será mantida em funcionamento.

Um dos primeiros hospitais de Goiânia, o Santa Rosa foi fundado em 1955. O responsável foi Said Rassi, que se formou na Faculdade Nacional de Medicina, da Universidade do Brasil (RJ), em 1953. O médico estagiou em Cirurgia Geral na Santa Casa do Rio de Janeiro em 1954 e, em seguida, retornou para Goiânia. O hospital foi construído em um local de grande importância histórica para a capital, já que Campinas já existia antes mesmo da fundação de Goiânia. Após o falecimento de Said, o Santa Rosa passou a ser gerido pelos filhos dele: Elias Rassi, Roberto Helou Rassi, Cristiane Rassi da Cruz e Rosa Rassi.

Em nota, a direção da unidade de saúde lamentou o fechamento e explicou que "os diversos esforços empregados não foram suficientes para suplantar os transtornos decorrentes dos débitos da administração municipal". O hospital ainda compadeceu-se dos trabalhadores, fornecedores e prestadores de serviço que serão afetados e agradeceu a confiança dos pacientes que já passaram pela unidade de saúde.

A decisão traz impacto para a rede municipal de Saúde, já que, ao todo, o Santa Rosa ofertava 18 leitos para a SMS. No final do ano passado, a Saúde de Goiânia passou por uma crise justamente por conta da escassez de leitos. Na penúltima semana de novembro de 2024, ao menos quatro pessoas internadas na rede municipal morreram à espera de um leito de UTI. A situação foi normalizada depois da criação de um gabinete de crise e de uma intervenção estadual na Saúde de Goiânia.

Sindicato

Em nota, o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg) lamentou o fechamento do hospital e disse que não se trata de um caso isolado. "Nos últimos anos, outras grandes instituições de saúde de Goiás, como o Hospital Santa Genoveva e o Hospital Lúcio Rebelo, também fecharam suas portas, sucumbindo à crise que afeta o setor e a precarização dos serviços de saúde no estado", destaca trecho da nota.

O Sindhoesg ainda se solidarizou com os proprietários, colaboradores e pacientes do Santa Rosa e informou que "espera que medidas sejam adotadas pelos gestores públicos e pelos compradores de serviços de saúde para evitar que outros hospitais da capital e do interior tenham o mesmo fim."

Prefeitura

Em reportagem publicada nesta segunda-feira (20) mostrou que hospitais, clínicas, laboratórios e entidades filantrópicas que prestam serviço à SMS receberam parte da dívida que se acumulou em cerca de R$ 600 milhões na última gestão municipal. Com recursos recebidos do governo federal na última semana, a Prefeitura efetuou o repasse de R$ 33,5 milhões a cerca de 160 prestadores de serviços do SUS. O prefeito Sandro Mabel (UB) promete que, agora, todos os pagamentos serão feitos "em dia", assim que os valores forem repassados ao Paço. O Santa Rosa não integra essa lista de cerca de 160 prestadores de serviços que receberam repasses.

Em nota, a SMS lamentou o fechamento do hospital e informou que "a prioridade da atual gestão é definir um cronograma de pagamento dos débitos acumulados nos últimos quatro anos, e renegociar os contratos e convênios firmados com a secretaria, em busca de reequilíbrio financeiro, considerando o estado de calamidade orçamentária e da assistência em saúde do município."

A secretaria também lamentou a decisão judicial que bloqueou as contas do Fundo Municipal de Saúde (FMS), o que "inviabiliza qualquer novo repasse tanto ao Hospital Santa Rosa quanto aos demais fornecedores do município". Questionada, a SMS não respondeu se o fechamento dos leitos de UTI do Santa Rosa irão impactar a rede municipal de Saúde.

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Serasa vai limpar nome na hora após consumidor pagar dívida com Pix

A novidade terá um impacto também no "score" dos clientes, pontuação utilizada para indicar as chances de o consumidor pagar as contas em dia nos próximos seis meses

Modificado em 16/01/2025, 18:18

Nada muda para o Pix, que segue gratuito

Nada muda para o Pix, que segue gratuito (Divulgação)

Consumidores terão acesso à quitação de dívidas em tempo real por meio de aplicativo da Serasa a partir de fevereiro. A novidade terá um impacto também no "score" dos clientes, pontuação utilizada para indicar as chances de o consumidor pagar as contas em dia nos próximos seis meses.

O recurso será utilizado exclusivamente por meio do Serasa Limpa Nome. Nos primeiros meses, os pagamentos deverão ser feitos por Pix para que a baixa da negativação seja instantânea.

Segundo a Serasa, o recurso pode gerar um impacto econômico de R$ 13 bilhões, valor equivalente ao que foi movimentado pelo varejo no último Dia das Mães. A maioria das dívidas no mercado atualmente é formada por clientes que desejam substituir débitos antigos, visando o aumento de patrimônio ---com o financiamento de veículos e imóveis--- e para ampliar o acesso a bens de consumo pessoal.

Cerca de 3,7 milhões de brasileiros já utilizam o aplicativo da Serasa para renegociarem suas dívidas mensalmente.

Atualmente, o processo para que os clientes tenham a atualização de suas dívidas demora cerca de nove dias. Isso ocorre porque o processo passa pela mediação das instituições financeiras antes de ser enviado à Serasa.

Com os pagamentos sendo feitos diretamente à Datatech, no entanto, o registro de aumento do "score" poderá ser realizado automaticamente.

O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, afirma que o impacto será maior para aqueles que pertencem às classes média e baixa.

"Se pegarmos todas as pessoas que estão renegociando suas dívidas, calcularmos a renda média delas e o quanto elas podem absorver em novos créditos, temos um impacto de cerca de R$ 13 bilhões", diz.

O economista destaca ainda que o recurso terá um impacto positivo no mercado de crédito como um todo, movimentando cadeias produtivas além do varejo, como os setores de publicidade, logística e transporte.

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COMO OS CONSUMIDORES PODERÃO FAZER O PAGAMENTO DAS DÍVIDAS?

Para ter acesso ao recurso, os consumidores deverão baixar o aplicativo da Serasa e seguir os seguinte passos:

  • Acesse o aplicativo da Serasa;
  • Realize o cadastro ou faça login em sua conta;
  • Identifique o seu Serasa Score dentro do aplicativo;
  • Verifique e selecione as dívidas quem podem ser pagas;
  • Gere o código Pix para pagamento.
  • Assim que o pagamento for processado, o "score" do cliente será atualizado e a dívida será baixada. Giresse Contini, diretor de serviços de crédito da Serasa Experian, afirma que outras formas de pagamento deverão ser implementadas nos próximos meses.

    Nenhuma taxa adicional é cobrada pela Serasa durante o pagamento, uma vez que a companhia recebe a tarifa diretamente dos credores.

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    Equatorial Goiás realiza campanha de negociação de dívidas

    Companhia oferece parcelamento em até 24 vezes e desconto de 100% sobre juros, multas e atualização monetária

    Modificado em 19/09/2024, 01:14

    Equatorial Goiás realiza campanha de negociação de dívidas

    (Divulgação/Equatorial Goiás)

    A Equatorial Goiás deu início a uma campanha de negociação de dívidas para que seus clientes possam virar o ano em dia com a distribuidora. Até o dia 30 de dezembro, quem possuir débito com a companhia tem a oportunidade de parcelar suas dívidas em até 24 vezes e com 100% de desconto sobre juros, multas e atualização monetária.

    O pagamento pode ser feito por cartão de crédito tanto nas agências de atendimento presencial como no site da Equatorial Goiás . São aceitas as bandeiras Visa, Master, Elo, Hipercard e Amex.

    Os endereços de todas as agências e postos de atendimento do Estado podem ser acessadas aqui . Quem optar por pagar pelo site, basta escolher a opção Goiás e entrar com usuário e senha na agência virtual, usando o número da unidade consumidora e o CPF.

    Pensando na segurança dos clientes, o gerente comercial da Equatorial Goiás, Jean Gama, reforça a importância de sempre buscar informações nos canais oficiais de atendimento da companhia e ressalta que a distribuidora não solicita depósitos, transferências ou pagamentos para terceiros. "Para evitar golpes, é essencial que no momento do pagamento o cliente confira se o beneficiário é a Equatorial Goiás Distribuidora de Energia S.A. e o CNPJ é o 01.543.032/0001-04".

    Em caso de dúvidas sobre a fatura, o cliente pode entrar em contato com a companhia por meio dos canais de atendimento: aplicativo Equatorial Goiás; Central de Atendimento 0800 062 0196 e nas agências espalhadas por todo o Estado.