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Número de mortes por dengue chega a 16 em Goiás

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), já foram confirmados 26.421 casos de dengue em 2025

Modificado em 28/03/2025, 06:58

Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya

Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya (Raul Santana/Fiocruz)

Como acontece todos os anos nesse período chuvoso, a dengue volta a ser uma das principais preocupações das autoridades de saúde pública. Em Goiás, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), foram confirmadas 16 mortes causadas pela doença em 2025. Outras 40 estão sob investigação.

Segundo a SES, as 16 mortes por dengue foram notificadas nas cidades de Goiânia, Montes Claros de Goiás, Mozarlândia, Iporá, Trindade, Ceres, Faina, Goianésia, Heitoraí, Nova Crixás, Novo Planalto, Paranaiguara e São Simão (veja ao fim da matéria a lista detalhada).

Até a 13ª semana epidemiológica haviam sido registrados 58 casos do sorotipo 1 da dengue, 522 do sorotipo 2 e 13 do sorotipo 3 da doença. Esses dados da SES levam em consideração os resultados dos exames liberados pelo Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen).

No estado, de acordo com dados da SES, foram confirmados 26.421 casos de dengue em 2025. No total, 50.021 casos da doença foram notificados. A vacinação é uma alternativa para diminuir casos graves e óbitos pela doença, no entanto está disponível de forma gratuita apenas para crianças e adolescentes da faixa de 6 a 16 anos. Mais de 50% do público-alvo não tomou a segunda dose.

Em Goiás, a SES trabalha com um plano de contingência para o combate à dengue que engloba três fases: preparação, alerta e de emergência. Neste momento, dos 246 municípios goianos, 29 estão na fase de preparação, 180 de alerta e 37 em emergência.

Lista de óbitos confirmados por Dengue

  • 2 -- Goiânia
  • 2 -- Montes Claros de Goiás
  • 2 -- Mozarlândia
  • 1 -- Iporá
  • 1 -- Trindade
  • 1 -- Ceres
  • 1 -- Faina
  • 1 -- Goianésia
  • 1 -- Heitoraí
  • 1 -- Nova Crixás
  • 1 -- Novo Planalto
  • 1 -- Paranaiguara
  • 1 -- São Simão
  • Lista de óbitos suspeitos por Dengue

  • 13 -- Goiânia
  • 3 -- Iporá
  • 2 -- Aparecida de Goiânia
  • 2 -- Catalão
  • 1 -- Alto Horizonte
  • 1 -- Alvorada do Norte
  • 1 -- Anápolis
  • 1 -- Trindade
  • 1 -- Cachoeira Alta
  • 1 -- Caldadinha
  • 1 -- Campinorte
  • 1 -- Corumbaíba
  • 1 -- Goiatuba
  • 1 -- Inhumas
  • 1 -- Israelândia
  • 1 -- Itaberaí
  • 1 -- Itapaci
  • 1 -- Lagoa Santa
  • 1 -- Montividiu
  • 1 -- Morrinhos
  • 1 -- Nazário
  • 1 -- Nova Glória
  • 1 -- Pires do Rio
  • 1 -- Santo Antônio de Goiás
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    Biometria neonatal: bebês serão identificados dentro da sala de parto de maternidades em Goiás

    Protocolo visa evitar a troca de bebês, assim como sequestros e fraudes dentro das unidades de saúde

    Modificado em 20/03/2025, 12:45

    Coleta de biometria será realizada ainda na sala de parto

    Coleta de biometria será realizada ainda na sala de parto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

    Os bebês recém-nascidos terão a coleta das impressões digitais ainda na sala do parto e o registro dos dados no sistema da Polícia Civil (PC), em Goiás. A medida, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), visa garantir uma maior segurança para mães e filhos, evitando a troca de bebês, sequestros e fraudes dentro das unidades de saúde.

    A coleta já está em fase de implementação no Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Goiânia. Mas, segundo a Superintendente Adjunta da Superintendência de Identificação Humana da Polícia Civil de Goiás, Bruna França, a expectativa é de que, até outubro deste ano, 10 maternidades da rede pública estadual façam parte do sistema.

    A gente vai fazer ampliação para outras maternidades no estado de Goiás, depois as municipais, e as maternidades que tiverem interesse. E essas maternidades terão um selo de "Maternidade Segura" para que os pais possam ter maior confiança em aderência às maternidades", detalhou França, em entrevista à TV Anhanguera.

    De acordo com a SES-GO, o projeto "Identificação Neonatal Goiás", será realizada em três etapas, são elas: a coleta inicial da biometria na sala de parto, uma segunda coleta na alta hospitalar, com objetivo de confirmar a identidade do bebê e da mãe, e, por fim, a vinculação dos dados no sistema de identificação civil e início da emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN) do bebê.

    Para a diretora operacional do Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, Flávia Rosemberg, o protocolo garante mais segurança para mães e seus recém-nascidos.

    "A identificação desde o momento zero do nascimento deixa as mães e os RNs mais protegidos", afirmou em entrevista à TV Anhanguera.

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    Goiás registra mais de 4 mil casos de dengue em janeiro e tem 15 cidades em situação de emergência, diz Saúde

    Estado tem 5.689 casos confirmados nesta terça-feira e outros 12.777 em investigação

    Modificado em 04/02/2025, 14:01

    Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya

    Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya (Raul Santana/Fiocruz)

    Goiás registrou mais de 4 mil casos de dengue em janeiro deste ano e tem 15 cidades em situação de emergência, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO (confira a lista abaixo). Nesta terça-feira (4), o estado tem 5.689 casos confirmados e outros 12.777 em investigação. A SES-GO informou que neste momento, não há decreto de emergência em nível estadual.

    Já iniciamos as visitas em alguns municípios que estão com o número de casos acima do esperado. Nessas visitas vão pessoas especializadas para identificar, junto com a equipe local, quais são as principais dificuldades com o objetivo de melhorar a qualidade da assistência, tentar conter ou diminuir a transmissão e ter números melhores, com menos óbitos e casos", explicou a subsecretária de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim.

    O número de casos ainda é menor comparado ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 12.479 casos. Ao POPULAR , a superintendente de Vigilância Epidemiológica e Imunização da SES-GO, Dra. Cristina Laval, explicou que o motivo de tantos casos no ano passado foi a inversão do sorotipo da dengue, quando o sorotipo 2 passou a ser mais frequente.

    "75% dessas amostras no ano de 2024 foi do sorotipo 2. Então a possibilidade de haver uma explosão de casos dessas pessoas que não haviam tido contato ainda com o sorotipo 2 fez com que houvesse essa situação que vivenciamos em 2024. E a se você tem um grande número de casos, consequentemente você tem mais casos graves e óbitos. O que a gente tem observado agora no início de 2025 esse cenário permanece o mesmo. O sorotipo mais frequente tem sido o 2. Se permanecer essa situação, com certeza nós vamos ter um cenário bem mais tranquilo do que nós tivemos em 2024, que foi a nossa pior epidemia", ressalta Cristina.

    Monitoramento

    De acordo com a SES-GO, o importe é continuar monitorando porque apesar do cenário mostrar que o sorotipo mais prevalente nesse ano continua sendo o sorotipo 2, da mesma forma que foi em 2024, existe agora uma circulação maior do sorotipo 3 em estados que fazem fronteira com Goiás.

    "Isso é preocupante porque o sorotipo 3, desde 2008, nós não temos uma circulação expressiva dele. Então, a gente tem aí uma população toda exposta a esse sorotipo 3, o que pode levar ao aumento do número de casos. Nós também já tivemos, nesse ano de 2025, o isolamento do sorotipo 3, mesmo que de forma isolada em poucos municípios, mas ele está circulando. Por isso o monitoramento importante para que a gente vá acompanhando se vai acontecer uma inversão sorológica em 2025 ou nos próximos anos. Esse monitoramento da vigilância é extremamente importante para a gente acompanhar esse cenário epidemiológico", afirma Cristina.

    Situação de emergência

    A SES-GO informou que os municípios em emergência são aqueles que estão acima do limite máximo esperado do ponto de vista de incidência, que são o número de casos por 100 mil habitantes, e que estão acima desse limite máximo esperado por pelo menos mais de quatro semanas consecutivas. Assim, o monitoramento é mais importante ainda nesses municípios, porque é necessário acompanhar com a vigilância laboratorial se esses casos são realmente dengue ou se são de outra arbovirose para apoiar esses municípios nas suas à de prevenção e controle.

    "Esse limite máximo esperado, assim como a média móvel, é baseado num acompanhamento, num monitoramento de uma série histórica dos últimos 10 anos, onde eu tenho então essa média móvel do número de casos que foram confirmados e tem os desvios padrões que me levam para o limite máximo esperado. Quando no momento atual eu tenho um número de casos notificados que ultrapassa esse limite máximo esperado, me acende um alerta de que esses municípios podem estar ou em alerta ou em emergência. Confira abaixo as cidades que estão em situação de emergência em Goiás:

    1. Iporá (778 casos);
    2. Itapuranga (216 casos);
    3. Itapaci (209 casos);
    4. Faina (187 casos);
    5. Diorama (126 casos);
    6. Caçu (102 casos);
    7. Mozarlândia (94 casos);
    8. Guarinos (80 casos);
    9. Americano do Brasil (63 casos);
    10. Cromínia (46 casos);
    11. Mundo Novo (45 casos);
    12. Brazabrantes (42 casos);
    13. Santo Antônio de Goiás (37 casos);
    14. Mossâmedes (29 casos);
    15. Davinópolis (21 casos).

    Alerta X Emergência

    De acordo com a SES-GO, emergência é quando tem pelo menos quatro semanas consecutivas acima desse limite e alerta é quando o número ultrapassa esse limite, mas na outra semana ele já abaixa desse limite, não é de forma sustentada.

    Prevenção

    A SES-GO explica que durante os períodos chuvosos os focos de proliferação são ampliados, destacando a urgência de medidas preventivas para conter a expansão desses focos. Por isso, é importante limpar e verificar regularmente esses pontos que podem acumular água. Além do uso de repelentes e vacina.

    As principais medidas preventivas é evitar que o mosquito nasça. Tirar 10 minutos por semana e verificar se em casa tem algum recipiente acumulando água. Se cada um fizer isso a gente consegue diminuir o índice de infestação e transmissão. Outra forma de prevenção muito importante é a vacinação. Em Goiás a vacina está disponível para todas as crianças e adolescentes de 6 a 16 anos", afirma Flúvia.

    Morte

    O POPULAR mostrou que Goiás registrou a primeira morte por dengue em 2025 na cidade de Heitorai, no centro goiano. Em 2024, o estado registrou 414 mortes por dengue, com outras 53 ainda sob investigação. No ano anterior, foram 58 óbitos confirmados. No Brasil, a doença matou 6.041 pessoas em 2024.

    Sorotipos

    A dengue possui quatro sorotipos, em geral, denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, ou sorotipos 1, 2, 3 e 4, que podem causar quadros leves ou graves, onde pode ocorrer o choque hipovolêmico ou o acometimento direto de vários órgãos como fígado, cérebro e coração. A preocupação da SES-GO em relação a circulação do sorotipo 3 se dá porque ele não circula no país desde 2008, dessa forma a população não possui defesa (imunidade) para esse sorotipo.

    A SES-GO informou que em 2025 foi identificado o sorotipo 3 da dengue em Anápolis. No entanto, ele é relativo a um paciente residente no estado do Mato Grosso e que estava momentaneamente na cidade com a doença. Foi feita a identificação, coleta, exames pela secretaria, mas o caso é contabilizado para o estado do Mato Grosso, uma vez que a notificação é feita a partir do domicílio de residência, e não de ocorrência.

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    Mais de 7 mil casos de dengue são notificados em menos de um mês em Goiás

    O crescimento de casos no Estado tem motivado ações pela Secretaria Estadual de Saúde

    Pneus se espalham em meio a outros resíduos pela Rua das Samambaias, no Parque Primavera, em Aparecida de Goiânia (Wildes Barbosa / O Popular)

    Pneus se espalham em meio a outros resíduos pela Rua das Samambaias, no Parque Primavera, em Aparecida de Goiânia (Wildes Barbosa / O Popular)

    Neste primeiro mês de 2025, já foram notificados 7,2 mil casos de dengue em todo o Estado, sendo uma morte confirmada em Heitoraí, na região central do Estado. Trata-se da professora Damiana Gonçalves, de 58 anos, que faleceu no dia 4 de janeiro. O óbito estava sob investigação pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), mas foi confirmado apenas no fim de semana. Conforme a pasta, a paciente não possuía comorbidades. Além dessa, outras seis mortes estão em análise para identificar se a causa foi de fato a dengue. Quatro são de pacientes de Goiânia, um de Mozarlândia e um de São Simão.

    Mozarlândia é um dos 14 municípios que estão em situação de emergência pela alta incidência da doença (veja quadro) . A capital não é listada dentre as cidades em fase emergencial dentro do plano de contingência da SES-GO, que engloba ainda as fases mais brandas de alerta e preparação, diante de uma metodologia diferente. No plano de contingência da pasta estadual, a fase de emergência é ativada "quando a taxa de incidência de casos suspeitos ultrapassa o limite superior do diagrama de controle por quatro semanas epidemiológicas consecutivas".

    O crescimento de casos no Estado tem motivado ações pela SES-GO. A pasta aponta que tem distribuído a todos os municípios bombas costais, inseticidas e medicamentos para hidratação e controle do quadro febril.

    "Também vai expandir outra iniciativa para monitoramento do mosquito transmissor da dengue: o Projeto de Armadilhas de Oviposição (ovitrampas).A estratégia, que já estava em funcionamento de maneira piloto em dez municípios, será levada a todas as demais cidades goianas, com a aquisição dos materiais necessários pela pasta de saúde. A iniciativa visa monitorar a densidade da população do vetor, norteando as ações de controle da proliferação do mosquito", cita.

    "As armadilhas de oviposição simulam condições ideais para que o mosquito deposite seus ovos. Elas são formadas por um recipiente com água parada, que atrai o mosquito, e uma palheta de madeira, que facilita a postura dos ovos pelas fêmeas. Os ovos se prendem a palheta, que semanalmente é retirada por agentes de endemias e enviada para análise no Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). Além de identificar a incidência do Aedes na região, a partir da contagem dos ovos, os exames no Lacen-GO permitem descobrir qual o sorotipo da dengue está circulando no local", complementa a pasta.

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    Circulação de sorotipo 3 da dengue causa preocupação em Goiás

    Governo repassa orientações aos municípios goianos relacionadas à prevenção de doenças em decorrência das enchentes, com atenção especial ao mosquito Aedes aegypti e à leptospirose

    Modificado em 18/01/2025, 11:36

    Com enchentes, mosquito Aedes aegypti volta a ser motivo de preocupação

    Com enchentes, mosquito Aedes aegypti volta a ser motivo de preocupação (Pixabay)

    Nesta sexta-feira (17), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), repassou orientações aos municípios goianos relacionadas à prevenção de doenças em decorrência das enchentes. Ele chamou a atenção para a dengue, mas também destacou a importância das prefeituras se atentarem para a leptospirose, tétano e acometimentos gastrointestinais.

    A dengue tem sido um ponto de alerta porque o sorotipo 3 da doença voltou a circular em Goiás depois de anos com predominância dos sorotipos 1 e 2. "Já foi identificado esse sorotipo 3 em três cidades: Anápolis, Goiatuba e Rio Verde", alertou Caiado. O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos porque o mosquito que é o vetor da doença, o Aedes aegypti, se reproduz na água parada.

    A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim, explica que a pasta tem adotado estratégias para controlar a disseminação do mosquito e eliminar criadouros. "Neste ano, vamos começar a utilizar, junto com os municípios, a borrifação residual intradomiciliar. Antigamente, só fazíamos do lado de fora. Agora, para locais com grandes aglomerados de pessoas, temos a possibilidade dessa borrifação residual", esclarece.

    Na última semana, a SES-GO ainda recebeu cerca de 140 mil doses da vacina contra a dengue. Os imunizantes, enviados pelo Ministério da Saúde, são direcionados para crianças e adolescentes com idade entre 6 e 16 anos. "Comece (o esquema vacinal) o mais rápido possível", apela Flúvia, já que a adesão à vacinação pelo público-alvo tem sido abaixo do esperado.