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Tenente da PM é condenado a 2 anos e 8 meses de prisão por tortura contra advogado, em Goiânia

Justiça também determinou que o primeiro-tenente Gilberto Borges da Costa deve perder o cargo público

Modificado em 20/09/2024, 06:28

O primeiro-tenente da Polícia Militar Gilberto Borges da Costa foi condenado pelo crime de tortura-castigo contra o advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior. A vítima foi agredida pelos agentes com uma série de socos, em 21 de julho do ano passado, em frente ao Centro Comercial Praça da Bíblia, no Setor Leste Universitário, em Goiânia. Mesmo deitado no chão, ele levou um tapa no rosto e depois foi arrastado pela calçada.

A sentença da Auditoria Militar estabeleceu uma pena de 2 anos e 8 meses de detenção, que Costa vai cumprir em regime aberto. Gilberto chegou a ser preso preventivamente na época da investigação. De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), ele agiu com "a finalidade de submeter a vítima a intenso sofrimento físico e mental como forma de lhe aplicar castigo".

O DAQUI não conseguiu contato com a defesa de Gilberto Borges da Costa até a última atualização desta reportagem. Além do tenente Gilberto da Costa, também foram denunciados o cabo Robert Wagner Gonçalves de Menezes e os soldados Idelfonso Malvino Filho, Diogenys Debran Siqueira e Wisley Liberal. No entanto, eles foram absolvidos.

A promotoria defendeu que, conforme as provas, o crime foi praticado unicamente pelo primeiro-tenente Gilberto Borges da Costa. Foi considerado que os demais réus não agiram, no decorrer da ação policial, com a finalidade de submeter o advogado à tortura.

Conforme a sentença, Costa "não obedeceu ao que determina o Procedimento Operacional Padrão, tendo agredido a vítima de forma gratuita, afastando, portanto, qualquer hipótese de excludente de ilicitude do tipo penal militar".

A Ordem dos Advogados de Goiás (OABGO) afirmou que irá recorrer. "O presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas (CDP), Alexandre Pimentel, informa que a sentença será objeto de recurso, buscando aumento do quantum da pena restritiva de liberdade imposta ao condenado", afirmou em nota.

Relembre o caso
O advogado Júnior foi agredido por volta das 11h durante ação do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (GIRO) em frente ao Centro Comercial Praça da Bíblia. A PM informou que uma equipe recebeu denúncia de extorsão e ameaça praticada por um "flanelinha".

Segundo o MP, o tenente Costa perguntou ao flanelinha se ele lembrava de uma discussão anterior que os dois tinham se envolvido. E em seguida deu um tapa na cara do cuidador de carros.

Pouco depois, o tenente foi ao camelódromo procurar uma testemunha que intercedeu em favor do flanelinha. No papel de administrador do centro comercial, Orcélio Ferreira Silvério foi conversar com o militar, mas acabou agredido com tapas no rosto e ombros, enquanto era revistado.

O administrador então chamou seu filho, Júnior, para ir até o local. Assim que chegou, o advogado começou a gravar a abordagem pelo celular mas foi advertido por um dos soldados que era proibido registrar a ação policial com imagens.

Segundo as investigações, Júnior se identificou como advogado e pediu que o policial fizesse o mesmo. Ao ouvir o pedido, o tenente Costa agarrou o defensor pela gravata e iniciou as agressões.

Júnior chegou a perder a consciência. Ele foi imobilizado no chão e agredido com socos no rosto pelo tenente.

Confira a nota na íntegra

A OAB-GO confirma que o 1º Tenente em questão foi condenado a pena restritiva da liberdade inerente ao crime de tortura, bem como à exoneração do cargo público que ocupa, tendo os demais membros acusados sido absolvidos, em sentença proferida pela juíza Bianca Melo Cintra, publicada nesta segunda-feira (28 de novembro). O presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas (CDP), Alexandre Pimentel, informa que a sentença será objeto de recurso, buscando aumento do quantum da pena restritiva de liberdade imposta ao condenado e, ainda, a condenação dos demais policiais processados nas mesmas penas. Pimentel afirmou, por fim, que a OAB-GO não se aquietará até que a reprimenda estatal seja exemplarmente imposta contra os violadores da lei, que desrespeitam a Advocacia.

Tenente da PM é condenado a 2 anos e 8 meses de prisão por tortura contra advogado, em Goiânia

(Reprodução)

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Médico é preso suspeito de abusar de paciente durante exame ginecológico

Segundo Polícia Civil, investigado possui registros criminais por estupro, atentado violento ao puder e assédio sexual. Durante a prisão, ele negou os crimes e disse que mulheres querem "dar ibope" na cidade

Modificado em 20/03/2025, 07:10

À polícia, vítima contou que suspeito fez movimentos 'incompatíveis" durante o toque vaginal

À polícia, vítima contou que suspeito fez movimentos 'incompatíveis" durante o toque vaginal (Divulgação/PC-GO)

Um médico foi preso suspeito de abusar sexualmente de uma paciente de 21 anos durante o exame ginecológico em um hospital de Vicentinópolis, no sul de Goiás. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), o homem é investigado pelos crimes de violação sexual mediante fraude e importunação sexual.

A reportagem entrou em contato com a defesa do suspeito e com o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), mas houve retorno até a última atualização desta reportagem.

A PC informou que a ocorrência foi feita pela própria vítima. De acordo com a jovem, durante o procedimento do toque vaginal, o médico fez diversas perguntas de cunho sexual. Ele teria indagado se a vítima sentia "orgasmo" com os movimentos que era " feito por ele e "se, durante a relação sexual, ela chegava ao orgasmo".

Além disso, ele teria sugerido "introduzir o pênis na vítima", ao insistir que "se colocasse o pênis na vítima poderia fazer a vítima ter um orgasmo". A PC destacou que os toques e movimentos relatadas pela jovem eram "incompatíveis com a realização técnica do exame".

Reincidente

A investigação revelou ainda que o médico tem registros criminais por estupro, atentado violento ao puder e assédio sexual. A PC destacou que na mesma semana da importunação sexual contra a jovem, o médico teria também assediado sexualmente uma servidora municipal que trabalha na mesma unidade de saúde que ele. Esse caso também está sendo investigado.

A partir da ficha criminal e dos novos relatos contra o suspeito, a polícia acredita que há outros casos e trabalha para identificar possíveis novas vítimas desse médico.

Levantamentos policiais indicam que podem existir outras vítimas do médico, que por medo de represálias, devido à posição social do agressor, não denunciaram. Nesse sentido, foi representado pela prisão preventiva do abusador, acatada pelo Judiciário, após ouvido o MP [Ministério Público]", cita trecho do comunicado da polícia.

Durante a prisão, aos policiais, o suspeito negou os crimes e alegou que as denúncias foram feitas por ele ser médico e que os relatos de abusos sexuais seriam uma tentativa das vítimas de "dar ibope" na cidade. Ele foi encaminhado para o presídio de Pontalina, também no sul goiano, a cerca de 50 km de Vicentinópolis.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Vicentinópolis para obter informações se a administração não faz uma análise prévia para a contratação de servidores, especificamente para a área de saúde, e qual será a medida tomada em relação ao servidor público, mas não houve retorno.

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VÍDEO: Policial dá tapa no rosto de homem durante abordagem em posto de combustível

Caso aconteceu durante ocorrência em Colinas do Tocantins. Polícia Militar afirmou que investiga conduta do agente

Modificado em 17/03/2025, 19:30

undefined / Reprodução

Um policial militar foi flagrado dando um tapa no rosto de um homem durante uma abordagem. A agressão aconteceu em um posto de combustíveis em Colinas do Tocantins, no norte do estado, e foi registrada por uma câmera de segurança. A Polícia Militar (PM) informou que apura a conduta do agente.

A situação aconteceu na madrugada de sábado (15). Conforme a PM, os policiais foram ao local para atender uma ocorrência de perturbação do sossego. Ao ser abordado, segundo o relato policial, o homem teria desacatado, desobedecido e ameaçado os militares.

As imagens mostram o homem próximo a uma porta com as mãos atrás do corpo. Em determinado momento, um dos militares se aproxima e dá um tapa no rosto dele.

O homem que aparece nas imagens tem 33 anos e preferiu não se identificar. Ele contou à reportagem que chegou ao posto de combustível e ligou o som da caminhonete enquanto bebia na conveniência. Algumas pessoas se incomodaram com o volume e pediram para desligar o som.

Ele afirma que houve discussão com um funcionário do local e em seguida desligou o som. Também afirma que continuou bebendo até a chegada da polícia.

"Os policiais chegaram, me pediram para sair e eu dizendo que não precisava daquilo, que já tinha encerrado tudo, não precisava daquilo. Os outros policiais todos foram tranquilos, só um que estava mais alterado comigo, não sei o que ele viu comigo que me deu o tapa na cara", contou.

A PM informou que tomou conhecimento do vídeo que mostra a abordagem e a conduta dos envolvidos e a ocorrência está sob apuração interna. (veja íntegra da nota abaixo)

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o boletim da ocorrência afirma que o homem foi preso em flagrante por ameaça, desacato e resistência. Ele nega a acusação de ameaça e afirmou que pretende entrar com ação na Justiça contra a abordagem dos policiais.

Também contou que chegou a ser levado para o presídio, mas foi solto pela Justiça após pedido apresentado pelo advogado de defesa.

PM dá tapa no rosto de homem durante abordagem (Reprodução)

PM dá tapa no rosto de homem durante abordagem (Reprodução)

Íntegra da nota da Polícia Militar

A Polícia Militar do Estado do Tocantins informa que ao atender uma solicitação por Perturbação do Sossego Público na cidade de Colinas-TO, conforme registrado em Boletim de Ocorrência, o autor desacatou, desobedeceu e ameaçou os policiais militares durante a abordagem, sendo conduzido para a delegacia em flagrante.

Informa, ainda, que tomou conhecimento de um vídeo que circula pelas redes sociais, relacionado a esta abordagem policial e está tomando as providências cabíveis ao caso. A conduta dos policiais militares envolvidos na ocorrência já está sob apuração interna, sendo respeitados os trâmites legais.

A PMTO reafirma seu compromisso com a legalidade, ética e respeito aos direitos humanos, treinando e fortalecendo em nossa cultura policial tais princípios, mantendo e fortalecendo a confiança da sociedade tocantinense, pautando sua conduta dentro dos mais altos padrões de profissionalismo e responsabilidade.

A corporação reafirma seu compromisso com a transparência e mantém abertos todos os canais de denúncias na Ouvidoria e Corregedoria da Instituição para coibir ações que se mostrarem em desacordo com os ditames legais.

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Homem é preso por esfaquear companheira e ir esperar vítima receber alta de hospital, diz PM

Vítima teve ferimentos no braço e pescoço. Equipe médica do hospital informou à Polícia Militar sobre a localização do suspeito

Modificado em 11/03/2025, 16:45

Viaturas da Polícia Militar

Viaturas da Polícia Militar (Reprodução/2º BPM)

Um homem de 36 anos foi preso por suspeita de tentar matar a própria companheira com golpes de arma branca. O crime aconteceu em Guaraí, na região centro-norte do estado. Após a agressão, o suspeito teria ficado nas proximidades do hospital esperando a vítima receber alta, segundo a polícia.

Conforme a Polícia Militar (PM), a vítima tem 40 anos e sofreu perfurações no braço e no pescoço. Ela deu entrada no Hospital Regional de Guaraí na segunda-feira (10).

A PM foi chamada pela equipe do hospital, informando que o suspeito estava nas proximidades da unidade de saúde esperando a mulher receber alta e sair. Após buscas na região, o homem foi localizado na Praça do Povo e acabou preso.

Suspeito e vítima foram levados para a Central de Flagrantes do município. Segundo a PM, o suspeito tem várias passagens pela polícia, incluindo lesão corporal, ameaça, danos, furto e descumprimento de medida protetiva.

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Três pessoas são suspeitas de registrar falso roubo de caminhão e semirreboque para receber seguro, diz polícia

Dois homens e uma mulher foram indiciados após investigação da 91ª Delegacia de Araguaçu. Eles teriam mentido em depoimentos, segundo a polícia

Viatura da Polícia Civil do Tocantins

Viatura da Polícia Civil do Tocantins (Divulgação/Polícia Civil do Tocantins)

Dois homens e uma mulher foram indiciados por suspeita de tentarem dar o 'golpe do seguro'. De acordo com a polícia, eles teriam informado, de forma falsa, o roubo de um caminhão-trator e semirreboque na TO-343, em Araguaçu, depois pedido para a seguradora para receber o dinheiro. O grupo vai responder por estelionato, falsa comunicação de crime e associação criminosa.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados por isso a reportagem não conseguiu contato da defesa.

De acordo com a Polícia Civil, o caso começou a ser investigado pela 91ª Delegacia de Araguaçu após um motorista de caminhão registrar uma ocorrência de assalto na rodovia. Ele relatou que na noite de 22 de maio de 2022 foi abordado por uma caminhonete com homens armados, que o obrigaram a parar o caminhão. Ao parar, o veículo teria sido levado pelos criminosos.

Pouco tempo depois, o motorista foi até a 13ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Alvorada, e disse que caminhão trator havia sido encontrado e recuperado pela Polícia Militar na cidade de Figueirópolis, mas o semirreboque ainda estava desaparecido.

Durante a investigação foi descoberto que o mesmo veículo tinha outros dois registros de roubo: um do dia em 4 de março de 2021, em Paranaíba (MT), e outro de 4 de outubro do mesmo ano, em Jussara (GO).

A Polícia Civil ainda descobriu que na época dos primeiros roubos um homem e uma mulher se apresentaram como donos do caminhão-trator e do semirreboque. Durante as investigações do roubo no Mato Grosso, os dois teriam alegado que venderam o conjunto mecânico para uma transportadora no início de 2022.

Ainda segundo a polícia, o veículo agora está em nome de uma transportadora do Mato Grosso, que tentou pedir o seguro pelo roubo do semirreboque, mas a seguradora não liberou por haver indícios de fraude no pedido.

A investigação também descobriu que o motorista que alegou ter sido assaltado na rodovia tocantinense teria envolvimento com simulações de sinistros e pedidos de indenização fraudulentos e responde a uma ação penal na Comarca de Goiânia (GO).

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o delegado Bruno Boaventura, titular da 91ª DP, explicou que a mulher e o homem mentiram com relação à venda dos veículos e por afirmarem que não conheciam o motorista. Para a polícia, filho da mulher e o motorista possuem 'vínculos criminosos'.

A polícia credita que os três fazem parte de uma associação criminosa que tinha como objetivo simular furtos e roubos de veículos para conseguir vantagens, o que caracteriza o 'golpe do seguro'.

O inquérito foi concluído com o indiciamento dos três suspeitos. O procedimento foi remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para a adoção das medidas legais cabíveis.